As negociações permanentes entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa-Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal serão retomadas na próxima terça-feira, dia 31 de março.

Entre os itens da pauta está a convocação de concursados. Segundo as entidades do movimento sindical e associativo, há a necessidade de acelerar o ritmo das contratações, pois o crescimento da demanda e do volume de operações tem agravado os problemas nas unidades do banco, como a sobrecarga de trabalho.

Cerca de 2 mil empregados já aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) e, por isso, é essencial que haja, no mínimo, a reposição de todos que vão sair, assim como a transferência de conhecimento para os que serão convocados. “Só assim não teremos a piora das condições de trabalho nas agências. O que já era necessário tem se tornado uma urgência”, declarou Fabiana Matheus, coordenadora do CEE/Caixa – Contraf/CUT e diretora de Administração e Finanças da Fenae.

O prazo para aderir ao PAA 2015 foi aberto pela empresa no dia 27 de fevereiro e segue até 30 de abril. As rescisões dos contratos começaram no dia 9 de março e serão feitas até 29 de maio. O plano contempla empregados da Caixa que já estão aposentados pelo INSS e continuam trabalhando, e ainda os que estarão aptos a se aposentar. Uma das exigências é ter idade mínima de 48 anos até o fim do período de desligamento. Estima-se que pouco mais de 11 mil trabalhadores estão aptos a deixarem o banco por meio do PAA.
O tema também será debatido durante uma reunião da área de Recursos Humanos da Caixa com a presidente Miriam Belchior, nesta quarta-feira, dia 25 de março.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, é necessário que ela (presidente) entenda a necessidade de reforçar o quadro de pessoal.  “O banco se tornou, principalmente, na última década, um parceiro estratégico do Estado. Paga milhões de benefícios sociais e disponibiliza cada vez mais recursos para crédito e habitação, por exemplo. Esse protagonismo exige atendimento de qualidade à população, o que só é possível com condições dignas de trabalho e empregados valorizados”, disse.

Contratações são necessárias

Uma das conquistas da campanha salarial do ano passado foi a contratação de mais dois mil empregados até dezembro de 2015. O banco conta hoje com 101,5 mil trabalhadores, quantitativo ainda insuficiente. Entre 2002 e 2014, o total de unidades do banco passou de 2.082 para 4.025, alta de 93%. O número de empregados aumentou 82%. Já a base de clientes, neste período, passou de 23,1 milhões para 78,3 milhões, quase 240% a mais.

Há que se considerar ainda o papel social da Caixa. No ano passado, os programas de transferência de renda distribuíram R$ 28 bilhões por meio de 176 milhões de benefícios. Desses, cerca de 161,7 milhões se referem ao Bolsa Família, totalizando R$ 26 bilhões. Em relação aos programas voltados ao trabalhador, como seguro-desemprego, abono salarial e PIS, a instituição foi responsável pelo pagamento de 173,5 milhões de benefícios. No período também foram pagas 66,3 milhões de pensões e aposentadorias do INSS, que somaram R$ 67,4 bilhões.

Fonte: Fenae Net