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Kardec, Ivi e Marcos, da APCEF/SP, conversam com os empregados da Caixa

Braços cruzados e agências fechadas o dia todo, assim começou o Dia Nacional de Mobilização na Caixa, na sexta-feira, 10.

“Os direitos dos trabalhadores devem ser preservados e a Caixa 100% pública deve ser mantida. A unidade dos empregados da Caixa fortalece essas lutas”, afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

Nas unidades do eixo da avenida Paulista, na capital do Estado, aconteceram reuniões dos empregados com os dirigentes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“Sentimos que o olhar da opinião pública para a Caixa e para seus empregados mudou quando o governo fortaleceu o papel das empresas públicas. Agora, com esse desmonte, promovido pelo ‘governo’ interino de Michel Temer, acreditamos que teremos novamente o apoio da população”, diz um dos empregados da Caixa que participou da reunião com os dirigentes.

A mobilização deste dia envolve categorias de trabalhadores de diferentes setores e ocorreu em diversas capitais do País, de acordo com os organizadores Frente Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Frente Brasil Popular.

O objetivo é denunciar o desmonte às empresas públicas e a ameaça aos direitos dos trabalhadores colocado na pauta-bomba produzida pelo ‘governo’ interino de Michel Temer, que ameaça sistematicamente a continuidade das atividades produtivas do País.

“O projeto de desenvolvimento do País está sendo sucateado, em menos de um mês deste ‘governo’ interino. Sabemos que o salto para o desenvolvimento do Brasil passa por políticas sociais que são executadas pelos bancos públicos. Por isso, vamos denunciar as intenções deste projeto que retira direitos dos trabalhadores, privatiza as empresas públicas e entrega à iniciativa privada as riquezas que são patrimônios do povo brasileiro”, alerta a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

O Dia Nacional de Mobilização será encerrado com ato unificado, no fim da tarde de sexta-feira, 10, na avenida Paulista. Trabalhadores de várias categorias, estudantes, movimentos sociais, de ocupação, sindicais, artistas, intelectuais e milhares de cidadãos que vão dizer não ao Golpe, Fora Temer e defender os direitos sociais, a democracia e a CLT.

Ameaças no Congresso Nacional

A pauta-bomba produzida pelo governo ‘interino’ de Michel Temer que está no Congresso Nacional, aprovado em regime de urgência, deverá votar a qualquer momento dois projetos (PL 4.918/2015 e PLP 268/2016) que ameaçam diretamente os empregados da Caixa.

O Projeto de Lei (PL) 4.918/2015, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cria o Estatuto das Estatais e abre espaço para a privatização de empresas públicas. Na Caixa gera a redução de postos de trabalho e, especialmente, de cargos comissionados. O banco perde o aspecto de banco público que executa políticas sociais. O País perde os maiores financiadores de políticas públicas que favorecem a redução da desigualdade social e o fomento de projetos de desenvolvimento que priorizam a geração de trabalho e renda à população.

O Projeto de Lei e outras Proposições (PLP) 268/2016, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), propõe reduzir a representação dos empregados nos fundos de pensão. Elimina a eleição de diretores e reduz a um terço a representação nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. De acordo com o texto, as vagas retiradas dos representantes dos empregados seriam entregues a conselheiros ‘independentes’ e a diretores contratados no mercado. Desta forma, no caso dos empregados da Caixa, o objetivo é que a representação dos trabalhadores da ativa e dos assistidos fiquem a margem na estrutura de governança da Funcef.

Pré-sal sob ataque

A Petrobrás e o pré-sal sofrem fortes ameaças de desmonte, privatização e entrega do patrimônio público ao capital estrangeiro pelo ‘governo’ interino de Michel Temer.

Por isso, os petroleiros aprovaram, em todos os sindicatos da Federação Única dos Petroleiros – FUP (com exceção de Minas Gerais), a paralisação nacional de 24 horas, hoje, sexta-feira, 10.

Os petroleiros reafirmam em nota a disposição de lutar pelo restabelecimento da legalidade democrática do País e pela defesa dos direitos dos trabalhadores, resultados de lutas históricas. "Em defesa da Petrobras e do Pré-Sal. Contra o golpe e o desmonte do Estado. Nenhum direito a menos."

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