Na lista de privatizações do governo constam duas empresas responsáveis pelo armazenamento de dados de milhões de brasileiros. O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados e a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência).

O Serpro detém dados relacionados ao imposto de renda e dados fiscais de pessoas físicas e jurídicas, como CPF e CNPJ, além de informações sobre carteira de habilitação, passaporte, entre outros serviços. A Dataprev armazena dados de 35 milhões de brasileiros beneficiários do INSS.

De acordo com a Forbes Brasil, a Dataprev pode ser o ativo mais valioso do pacote de privatização anunciado pelo ministro da economia, Paulo Guedes. Além de manter contrato com diversos ministérios, a estatal desenvolve softwares e presta consultoria na área de TI.

As duas estatais são rentáveis e superavitárias, não dependendo, portanto, de recursos do governo federal. O lucro da Dataprev em 2018 cresceu 10% e chegou a R$ 151 milhões, já o Serpro registrou lucro líquido de R$ 277 milhões.

Por quê uma empresa privada, possivelmente estrangeira, teria interesse nesses dados? Essa é umas das perguntas que a sociedade precisa fazer antes que duas estatais estratégicas para a soberania nacional sejam vendidas.

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