A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram, no último dia 3, com a Fenaban, a 24ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), resultado de 21 dias de paralisação dos bancários de todo o País.
Apesar da campanha ter sido duríssima, os dirigentes destacam a mudança de posição da Fenaban, que tentou rebaixar os salários com a primeira proposta de apenas 5,5% de reajuste. A segunda, no 15º dia da greve, foi de 7,5%; depois 8,75% e, por fim, chegou-se a 10%. “A força e a união dos trabalhadores conseguiram manter o ciclo de ganho real dos últimos anos”, ressalta o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

Acordo específico
Logo após a assinatura do Acordo com a Fenaban, os representantes dos trabalhadores e a direção da Caixa assinaram o aditivo específico do banco. Pelo 10º ano consecutivo, a Caixa aplica a Convenção Coletiva dos Bancários. “Esta é uma conquista muito importante, que mudou a história dos bancários da Caixa”, lembra Kardec de Jesus Bezerra.

Desde 1985, quando foi conquistada a jornada de seis horas e o direito à sindicalização, os bancários da Caixa lutavam pela aplicação da CCT da categoria.
Foi só em 2003 – com o fim de uma política de arrocho e preparação do banco para privatização – que os trabalhadores conseguiram debater e aprovar a campanha unificada. A partir de 2005, a direção do banco passou a aplicar integralmente as cláusulas da Convenção Coletiva da categoria.

Conquistas importantes foram acumuladas ao longo dos anos como a política de aumentos reais, a implantação da Participação nos Lucros e Resultados, o reconhecimento dos delegados sindicais, a equiparação do valor da cesta-alimentação ao restante da categoria, a contratação de empregados, a concessão do vale-cultura, o debate das metas abusivas e do assédio moral, entre outros itens. “Todos estes avanços confirmam que só o engajamento e a união de todos os bancários farão com que nossos direitos sejam respeitados e ampliados”, lembra o diretor-presidente da APCEF/SP. 

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