Fonte: Contraf/CUT

A Contraf/CUT recebeu finalmente nesta terça-feira 24 de junho o registro legal no Ministério do Trabalho, culminando um longo processo de organização e de unificação nacional da categoria iniciado há quase três décadas. “Sempre tivemos a representação de fato da categoria bancária. Agora, com o reconhecimento na Justiça e no MTE do registro sindical, conquistamos de maneira inequívoca também de direito”, comemorou Vagner Freitas, presidente da entidade, ao receber o certificado de registro das mãos do ministro Carlos Lupi.

“Em nome das nove federações e dos 110 sindicatos filiados, sem os quais não haveria a Contraf/CUT, tenho orgulho de receber esse registro, que representa um marco na história de lutas dos bancários e serve de exemplo também para as demais categorias de trabalhadores”, disse Vagner, na presença do presidente da CUT, Artur Henrique, de dezenas de dirigentes sindicais bancários e de outras categorias e do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), um dos fundadores e primeiro presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), a antecessora da Contraf/CUT, criada em 1992.

Além de Berzoini, Vagner Freitas rendeu homenagem em seu pronunciamento aos ex-presidentes e ex-dirigentes sindicais que foram fundamentais na construção e consolidação da organização nacional dos trabalhadores do ramo financeiro. Entre eles, citou Luiz Gushiken e Gilmar Carneiro, principais responsáveis pela criação do Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB/CUT), em 1986, o ex-presidente do Sindicato de São Paulo João Vaccari Neto e os ex-presidentes da CNB/CUT Sérgio Rosa, Célia Cantu e Fernanda Carísio.

Participaram também do ato no Ministério do Trabalho o secretário-geral da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, e os diretores Miguel Pereira e Plínio Pavão.

‘A concretização de um sonho’

“É uma honra para mim estar na presidência da CUT neste momento histórico”, destacou Artur Henrique. “Acompanhei esse percurso histórico de muita luta e muita ousadia dos bancários, que ao ampliarem a base de representação para os trabalhadores do ramo financeiro conquistam um grande avanço nas relações de trabalho no Brasil.”

O deputado Ricardo Berzoini, que quando foi ministro do Trabalho deu início ao processo de legalização da Contraf/CUT, afirmou que o registro legal da Contraf/CUT é “a concretização de um sonho de 16 anos de muito enfrentamento”. Ele também parabenizou o ministro Carlos Lupi e o secretário de Relações do Trabalho Luís Antônio Medeiros pela “determinação e coragem” com que enfrentaram as pressões patronais e trabalharam para que o registro fosse concedido.

Portaria 186

Após o início do processo de registro da Contraf/CUT e do reconhecimento na Justiça da legitimidade da confederação, o MTE editou, em 10 de abril deste ano, a Portaria 186, alterando os procedimentos para registro sindical no país. Essa portaria avança no sentido de caminharmos rumo a uma maior liberdade e autonomia sindicais, um dos objetivos históricos da Central Única dos Trabalhadores.

Nova sede

Após a solenidade no MTE, a conquista do registro sindical foi comemorada na festa de inauguração da nova sede da Contraf/CUT em Brasília. “A confederação agradece a presença das autoridades de Estados, dirigentes sindicais, lideranças dos movimentos sociais e todos que compareceram ao evento para celebrar conosco”, lembrou Vagner.

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