Na terça-feira (9), em Brasília, as dependências da Câmara dos Deputados foram ocupadas por uma caravana de bancários, que visitou os gabinetes dos parlamentares, sobretudo os que integram a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), para pressioná-los a votar contra o projeto de lei 4.330, caso o mesmo seja apreciado nesta quarta-feira, dia 10 de julho, conforme está previsto. Esse PL, se aprovado, libera por completo a terceirização e precariza o emprego e os direitos dos trabalhadores no Brasil.

Na terceira reunião da mesa de negociação quadripartite, formada por representantes das centrais sindicais, governo, parlamentares e empresários, também realizada nesta terça-feira (9), a bancada patronal, coordenada pelo representante da Federação Nacional dos Bancos – Fenaban, Magnus Apostólico, rejeitou as alterações no PL propostas pelas centrais sindicais e insistiu na votação do projeto de lei 4.330 nesta quarta-feira.

As propostas das centrais sindicais incluem itens como igualdade de direitos, direito à informação prévia, limites para a terceirização, responsabilidade solidária entre as empresas e penalização dos infratores.

Mobilização
Na conversa com os parlamentares e seus assessores nos gabinetes da Câmara e na sala de reuniões do CCJC, dirigentes sindicais bancários de 18 Estados mostraram o retrocesso que representa o PL 4.330 para a sociedade brasileira. Foi pedida, na ocasião, a rejeição da matéria.

Mais delegações de bancários de vários estados estão sendo esperadas em Brasília para acompanhar nesta quarta-feira (10) eventual votação do PL 4.330, que significa uma reforma trabalhista disfarçada, visando tão somente reduzir salários e conquistas dos trabalhadores e enfraquecer a organização sindical para aumentar os lucros das empresas.

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