A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados do banco (CEE/Caixa) enviaram ofícios nesta sexta-feira, dia 10, ao presidente da Funcef, Carlos Caser e à presidente da Caixa, Miriam Belchior em que reivindicam suas participações nos debates que irão definir como será feito o equacionamento do déficit do REG/Replan saldado e não-saldado.

Segundo o balanço de 2014 da Fundação, as duas modalidades do plano de benefícios tiveram resultado deficitário pelo terceiro ano seguido, o que torna a medida necessária. O principal argumento, apresentado nos documentos, é o de que “este é um momento jamais vivido na Funcef, que impacta na vida de mais de 64 mil participantes, entre ativos, aposentados e pensionistas”. Para a Contraf/CUT e para a CEE/Caixa, “quanto mais transparente for o debate, melhor será o resultado para participantes, Fundação e Caixa (patrocinadora)”.

Para a coordenadora da CEE/Caixa e ex-conselheira deliberativa eleita pela Funcef é preciso ouvir quem está no REG/Replan e, também, as entidades representativas no sentido de dar transparência à definição do plano de equacionamento no que diz respeito a condições, montantes, prazos e responsabilidades. "Quando da formalização do saldamento do REG/Replan, em 2006, houve consulta aos participantes, mesmo que em caráter não deliberativo. Por que não ouvi-los agora?”.

Na última quinta-feira, dia 9, durante a reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, durante a apresentação do balanço da Funcef feito pelo presidente Carlos Caser, Genésio Cardoso, membro da CEE/Caixa, defendeu a participação da Comissão. “Isso vai assegurar legitimidade ao processo”, frisou. Caser disse que não se opõe ao pedido e que o considera positivo, mas que irá consultar os demais diretores sobre o pleito. O diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, participou da reunião.

Contencioso judicial
Ainda nos ofícios enviados, a Comissão Executiva dos Empregados reforçou a urgência na busca por uma solução para o contencioso jurídico da Funcef.  “Ele é fruto da irresponsabilidade da Caixa, pois decorre de ações trabalhistas contra o banco, e tem onerado os planos e seus participantes. Defendemos uma saída negociada e reiteramos a disposição de negociar, que é uma posição histórica da CEE/Caixa e das entidades, sendo já conhecida pela direção do banco e da Fundação”, diz Fabiana Matheus.

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Fonte: Fenae Net