Da Contraf-CUT

Na última quinta-feira, dia 28, O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e o presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, entregaram à presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, o abaixo-assinado subscrito por 67.145 pessoas durante a campanha “Mais empregados para a Caixa – Mais Caixa para o Brasil”. A campanha, lançada pela Contraf-CUT, Fenae e APCEFs de todo o País, visa a cobrar do banco a contratação de mais trabalhadores, diminuindo a sobrecarga de trabalho a que são submetidos hoje os empregados da Caixa.
A presidenta afirmou que a empresa seguirá contratando para cumprir o Termo de Ajuste de Conduta que trata da substituição de terceirizados e tem como prazo-limite o mês de junho de 2009. “Isso não é o bastante para resolver o problema dos empregados da Caixa” – afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Plínio Pavão. “O banco admitiu cerca de 2,5 mil funcionários nos últimos meses, mas demitiu um número próximo de 2 mil, ficando no memso patamar. Só no Programa de Apoio à Aposentadoria saíram quase 1,3 mil” – lembrou.
Enquanto isso, as atribuições da empresa aumentaram, ao se tornar a responsável pelo Bolsa Família e outros programas sócias do governo Lula. “A própria presidenta admitiu que o banco enfrenta problemas no atendimento de clientes. Isso só pode ser resolvido com mais contratações” – defendeu Carlos Cordeiro.
Plínio lembrou que a Caixa assumiu o compromisso com o movimento sindical de contratar 3 mil funcionários ainda em 2007, o que não foi feito. “A Caixa já foi autorizada pelo governo federal há meses a ter 78 mil funcionários, mas mantém os mesmos 75 mil de quando fechamos esse acordo. Não há motivo para não contratar esses 3 mil bancários” – explicou o dirigente. “Precisamos seguir lutando para que a Caixa faça essas contratações em caráter urgente e depôs para que faça gestões junto ao governo para ampliar seu número permitido de empregados” – defendeu Cordeiro.

• REG/Replan
No mesmo dia, a presidenta da Caixa jogou uma bomba na reunião ao afirmar a intenção do banco de retirar o patrocínio ao plano REG/Replan. O objetivo seria concentrar recursos na efetivação e no aprimoramento do Novo Plano.
“Essa medida é inadmissível” – indignou-se Plínio Pavão. “Quando criou o Novo Plano, que foi negociado com os empregados, a Caixa aceitou que a migração fosse opcional. Agora, não pode retaliar os trabalhadores que optaram por permanecer no REG/Replan” – sustentou.
O tema já veio à tona nas discussões da unificação das tabelas do PCS do banco, quando a Caixa insistiu em vincular a adesão à nova tabela ao Saldamento do REG/Replan. “Isso está gerando uma série ações individuais de empregados na Justiça. Nós assinamos o acordo pensando em uma maioria de empregados que se beneficiaria, mas nunca aceitamos essa condição que foi imposta pela empresa” – lembrou Plínio. “Vamos continuar lutando contra essas discriminações feitas pela diretoria do banco” – afirmou.

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