Nesta sexta-feira, dia 12 de agosto, às 10h, em São Paulo (SP), a coordenação do Comando Nacional dos Bancários e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reúnem com o objetivo de fazer uma avaliação semestral do programa de combate ao assédio moral, conforme previsto no parágrafo 2º do aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, assinado em janeiro deste ano entre entidades sindicais e bancos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BIC Banco, Bradesco, Citibank, Itaú/Unibanco, HSBC, Safra e Votorantim.

Na reunião os banqueiros farão uma apresentação de dados estatísticos setoriais para os representantes sindicais dos bancários, devendo ser criados indicadores que avaliem o desempenho do programa de combate ao assédio moral, um dos principais problemas da categoria bancária em todo o país.

O acordo específico de combate ao assédio moral é conhecido como Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho. Trata-se, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), de uma experiência pioneira no Brasil e no mundo. Prevê a abertura de um canal de denúncias via sindicatos, com informações repassadas depois aos bancos, preservando a identidade dos denunciantes e com o compromisso das instituições financeiras de investigar os casos apresentados.

Esse processo funciona assim: os bancos acolhem as denúncias, abrem medidas de investigação e, no prazo de 60 dias, informam os resultados aos sindicatos com as providências adotadas. Fora das regras do programa, a entidade sindical prosseguirá com a apuração das denúncias apresentadas de forma anônima pelos bancários.

O assédio moral, resultado das metas abusivas, é apontado como o problema mais grave nos locais de trabalho, atingindo 66% dos 27.644 bancários de todo o país que responderam à enquete organizada pela Contraf/CUT. O secretário de Saúde do Trabalhador da entidade, Plínio Pavão, esclarece a posição da categoria bancária: “Reivindicamos o combate ao assédio moral e à violência organizacional e o fim das metas abusivas para a venda de produtos, como forma de melhorar as condições de saúde e trabalho dos bancários”.

Fonte: Fenae Net

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