Da Agência Fenae

Na mesa de negociação permanente da Contraf-CUT – CEE-Caixa com a Caixa realizada no último dia 7, em Brasília, foram discutidos os critérios de promoção de cargos técnicos comissionados, de assessoramento e de avaliadores de penhor e providências no Saúde/Caixa. Foram dados informes sobre a situação do envio dos termos referentes à RH 008 e feitas denúncias sobre agências que estão pressionando os empregados para cumprirem as horas da greve até 31 de dezembro.
No caso da promoção dos cargos técnicos comissionados e de assessoramento, a Caixa está propondo a utilização do método de avaliação anual por Gestão por Competência (GPC), que já vigora no sistema de promoção. A Comissão acredita que o procedimento é seguro, uma vez que permite ao empregado ser avaliado por ele mesmo e por amigos indicados, além do gestor. “Entendemos que o critério, de uma forma geral, satisfaz. Embora seja subjetivo, ele consegue avaliar o empregado” – afirmou o coordenador da CEE-Caixa, Plínio Pavão.
A discussão sobre os critérios de promoção dos avaliadores de penhor foi considerada mais problemática pela Comissão. Na reunião de negociação da semana passada, a Caixa havia apresentado proposta que foi rejeitada por colocar nas mãos do gestores a decisão pela promoção do empregado, o que poderia ser feito de forma subjetiva e ocasionando injustiças ao processo.
Na reunião do dia 7, a Caixa apresentou um método de avaliação em quatro etapas: manifestação de interesse, análise funcional, avaliação do gestor e análise curricular. O peso que será dado para a avaliação funcional será maior que a dada pelo gestor. A proposta da CEE-Caixa é de que essa proporção seja de 70 para 30. No início de 2007 serão criadas 180 vagas de avaliador nível sênior, com data de referência em janeiro. Quem não for classificado para ocupar as vagas, vai compor um banco de habilitados para ocupá-las futuramente. A porta de entrada na profissão de avaliador de penhor será o júnior.

Saúde/Caixa
A CEE-Caixa e a empresa discutiram uma forma para resolver o problema do sistema de informação da GESAD, que desde 2005 não apresenta balancetes atualizados das contas do plano, e sim projeções, em função da não-contratação de uma empresa para corrigir o sistema. A Caixa informou que já formalizou a contratação e comprometeu-se a reverter o problema em meados de 2007.
Foram aprovadas ainda a proposta de reajuste do teto dos atuais R$ 1.200 para R$ 1.452. A proposta foi discutida anteriormente pelo Conselho de Usuários e a Caixa havia proposto um teto de R$ 1.700. O aumento deve-se ao custo das despesas médicas que subiu 21%. A formato do custeio do plano será mantido, sendo que a Caixa é responsável por 70% das despesas com assistência médica, e os empregados, 30%.
A mensalidade dos dependentes indiretos passará dos atuais R$ 42,32 para R$ 70. A proposta da Caixa era de que esse valor deveria ser de R$ 140, alegando a garantia da sustentabilidade do plano de saúde. Para Plínio Pavão, a sustentabilidade é importante, mas a Caixa precisa ter responsabilidade ao propor esse reajuste. “Não se pode repassar esse aumento diretamente aos beneficiados, que muitas vezes são pessoas idosas e necessitadas” – afirmou.
Sobre o Saúde/Caixa, a empresa ficou de avaliar ainda a implantação das seguintes propostas: instalar os comitês de credenciamento e descredenciamento por GERIS; entrega mensal dos balancetes aos membros eleitos no Conselho de Usuários; criar mecanismos de comunicação direta do Conselho; realizar ampla campanha de valorização do Saúde/Caixa. A Caixa ficou de resolver também a questão das dívidas impagáveis e da forma de cobrança das participações.

Outros assuntos
Com relação à RH 008, a Caixa informou que foram enviados 73 termos às pessoas demitidos pela circular e 15 delas já homologaram seu retorno à empresa. Dentre os Estados que receberam o termo estão São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, entre outros.

Pressão
A CEE/Caixa comunicou à mesa de negociação denúncias recebidas de que alguns gestores estão pressionando os empregados a cumprirem as horas da greve, dizendo que se não cumprirem ainda em 2006, as horas serão descontadas. A CEE/Caixa informa que essas ações precisam ser comunicadas aos sindicatos para que os mesmos possam conter as irregularidades cometidas.

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