Por Fábio Jammal Makhoul

Um reajuste de 25% é o índice que os bancários querem nesta Campanha Salarial que está começando.
O percentual foi definido em 6 de junho, na 6ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro que ocorreu na capital.
Os sindicalistas definiram que a Campanha Salarial deste ano será unificada, entre funcionários dos bancos públicos e privados. “Nossa Conferência construiu as indicações e estratégia que nortearão a Campanha Salarial. A tese da unificação foi consagrada neste evento” – explicou o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas.
Para ele, o índice de 25% deve recompor o poder de compra dos bancários. “É um índice que dialoga com outros ramos da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Pretendemos unificar a campanha salarial com outras categorias com data-base no segundo semestre, como metalúrgicos e petroleiros, para aumentar o nosso poder de pressão” – avaliou.
Os sindicalistas definiram, ainda, que o piso salarial da categoria seja calculado com base no salário mínimo do Dieese de R$ 1.421,62, patamar que será reivindicado. “Hoje, o piso está em R$ 702,66, valor que pela primeira vez na história ficou abaixo dos três salários mínimos. Precisamos valorizar nosso piso, com um aumento significativo” – disse Vagner Freitas

Campanha unificada

Por unanimidade, os cerca de 1.100 bancários aprovaram a unificação da Campanha Salarial deste ano. Assim como em 2003, a categoria quer o mesmo índice de reajuste para o sistema financeiro público e privado.
As reivindicações específicas dos bancários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia (Basa) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) continuam sendo discutidas nos processos de negociações permanentes. “Nós teremos uma única minuta mínima que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para conquistarmos uma Convenção Coletiva que contemple os 400 mil bancários. Nesta Conferência conseguimos dialogar com várias especificidades de uma categoria enorme. Agora, unificados, vamos construir uma grande mobilização” – finalizou Vagner.

Minuta

A minuta de reivindicações será entregue ao setor patronal em 17 de junho.
Em agosto, os bancários voltam a se reunir nacionalmente para avaliar os rumos da campanha.

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