A Caixa voltou a aparecer no ranking das instituições mais reclamadas junto ao Banco Central. Na divulgação feita pelo Bacen, a Caixa ocupa o quarto lugar na lista. Foram 11.789 reclamações: um aumento de 75% em relação ao semestre anterior em que foram registradas 6.713 insatisfações com os serviços da Caixa. No Procon e nos canais internos, os índices também cresceram. Um aumento de 21% em relação ao semestre anterior.

Em carta assinada pela Degan, com o título de “Péssimas notícias – voltamos ao banco de reclamações do BACEN”, empregados são convocados a refletir sobre os motivos que levaram a Caixa a figurar no ranking e adotar ações imediatas para mudar o quadro de insatisfações. Disposição no atendimento, se interessar pelo problema no cliente e cortesia são algumas das sugestões dadas aos empregados para reverter a situação.
Porém, em nenhum momento foi mencionada as péssimas condições de trabalho na Caixa: a falta de infraestrutura nas agências, sistemas ineficazes, a pressão para o cumprimento de metas abusivas e, principalmente, o quadro reduzido de empregados.

Constantemente novas agências são abertas com apenas sete bancários. O número de contratações não supre a demanda de serviços prestados pela Caixa.
De acordo com o diretor-presidente da APCEF/SP, Sergio Takemoto, as entidades sindicais há muito tempo têm cobrado da Caixa sistemas de informática mais eficazes, ações para promover a melhoria de processos e, principalmente a ampliação do quadro de empregados.

São constantes as reclamações recebidas pela APCEF em que empregados relatam indignação com a precariedade das condições de trabalho o que certamente prejudica o atendimento. “O discurso da Caixa é sempre voltado para responsabilizar o trabalhador. Os empregados querem oferecer um bom atendimento aos clientes, mas com as condições precárias oferecidas, é humanamente impossível. A Caixa tem de assumir sua responsabilidade e promover soluções imediatas que, certamente, terão impacto no dia-a-dia do funcionário, na qualidade do atendimento e, conseqüentemente, na satisfação do cliente”, diz Takemoto.

 

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