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O segundo dia da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, sábado, dia 26, foi aberto com a análise de conjuntura, tendo como participantes Marcio Monzane, chefe mundial da UNI Finanças, o sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores em todo mundo e ao qual a Contraf-CUT é filiado, ressaltou a relevância que os Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão assumindo como importante instrumento que rompe pela primeira vez na história a hegemonia econômica dos países colonizadores.

O deputado estadual paulista, Luiz Cláudio Marcolino (PT), declarou que a situação econômica do Brasil é solida, principalmente no sistema financeiro, o que permite aos bancários novas conquistas na Campanha Nacional deste ano. “Os banqueiros tendem a retomar o discurso sobre as dificuldades econômicas no Brasil e no mundo, no entanto, os números mostram que a economia mundial está em recuperação e que o nosso país está preparado para a transição", explica.

Marcolino apresentou gráficos que o Brasil conta com reservas internacionais elevadas, de US$ 376 bilhões, ocupando a terceira colocação mundial, atrás apenas da Rússia e da China, o que demonstra uma forte confiança internacional na economia brasileira.

Além disso, a inflação está sob controle, com um patamar médio de 5,9% ao ano entre 2003 e 2013, ao passo que de 1995 a 2012, nos governos tucanos, a média era de 9,2% ao ano. Já a inflação dos alimentos segue em trajetória descendente: em 2012, 9,9%; em 2013, 8,5%; e em 2013, 7,2%.

Também mereceu destaque do deputado a solidez fiscal registrada pelo Brasil nos últimos 11 anos. De 2003 para cá, a média do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro foi de 3%, ao passo que de 1995 a 2002, a média foi de 1,5%.

O brasileiro Monzane, ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, disse que a recém-criação do banco dos Brics amplia a influência mundial do bloco e, consequentemente, o papel do Brasil como líder regional. Ainda segundo ele, o papel do banco não pode apenas restringir-se a financiar o desenvolvimento, mas fazer um contraponto com a austeridade fiscal, gerando distribuição de renda, empregos e diminuindo a dependência dos EUA.

Inclusão social

Além dos números positivos da última década, o Brasil segue investindo fortemente em programas sociais, dentre os quais o Bolsa Família, o Luz para Todos, a criação de novas universidades, desenvolvimento de infraestrutura em portos, aeroportos, dentre outros. Somado a isso, estão as políticas de combate ao desemprego e criação de empregos formais.

Para Marcolino, neste momento de reflexões sobre os rumos da Campanha Nacional 2014, os bancários devem levar em conta a existência de dois Brasis. "Inicialmente, o Brasil da era FHC, quando imperava o desemprego, o desmonte público e a desestatização das políticas de governo. E o Brasil de hoje, com avanços sociais. Não podemos voltar atrás, por isso a importância de fortalecermos nossas bandeiras de caráter democrático-popular e, assim, seguirmos avançando".

Rede de Comunicação dos Bancários
 

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