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O acordo para a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários com a Fenaban foi assinado na última quinta-feira (13) em São Paulo. Também foram assinados os aditivos específicos com a direção do Banco do Brasil e da Caixa.

A formalização dos documentos, com validade de dois anos, encerra a Campanha Nacional Unificada 2016, que teve 31 dias de greve nos bancos privados e no Banco do Brasil e 32 dias em algumas bases na Caixa.

O reajuste nos salários, em 2016, será de 8%. Foi conquistado ainda abono de R$ 3.500 (parcela única), aumento de 15% para vale-alimentação (VA) e de 10% no vale-refeição (VR) e no auxílio-creche/babá. Todos os valores serão pagos retroativamente a 1º de setembro, data-base dos bancários.

Destaca-se ainda a criação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos, com o objetivo de proteger o emprego e evitar as demissões; a ampliação da licença paternidade de 5 para 20 dias; e a manutenção do vale-cultura, de acordo com a Lei Federal.

Para 2017, o acordo de dois anos prevê a manutenção de todas as cláusulas do CCT e acordos específicos, além da reposição total da inflação mais 1% de aumento real para salários e demais verbas.

“O acordo foi o melhor possível em razão da conjuntura de ataque a direitos trabalhistas, ameaças de privatização, de crise política e econômica e do número de dias da greve. Agora, a luta continua nas discussões dos grupos temáticos que ficaram acordados, como o que discutirá a RH 184 e as regras para o descomissionamento e incorporação de função”, esclareceu o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

Sem desconto dos dias – Ficou garantido, ainda, o não desconto dos dias da greve para as bases que encerraram a paralisação nas assembleias realizadas em 6 de outubro. Para aquelas que mantiveram a greve em 7 de outubro, o 32º dia será compensado entre 17 de outubro e 14 de novembro.

Participação nos lucros – A PLR da Fenaban é formada pela regra básica mais o valor adicional. Na antecipação serão pagos, a título de regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco – o que ocorrer primeiro – apurado no primeiro semestre de 2016. A regra do adicional prevê 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016 dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.183,53. Para os empregados da Caixa, ainda há o pagamento da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido do banco, distribuído entre todos os trabalhadores.

A Caixa fará o pagamento, até dia 20, da primeira parcela da PLR, do abono e das diferenças salariais retroativas a 1º de setembro.

Acordos – Para ter acesso ao conteúdo completo dos acordos assinados (Convenção Coletiva dos Bancários e Acordo Coletivo específico da Caixa) clique aqui

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