Os sindicatos de bancários e a direção da Caixa Federal assinaram na quinta-feira, dia 29, em Brasília, o aditivo à Convenção Coletiva Nacional 2009/2010, que garante a contratação de cinco mil novos trabalhadores em 2010 e o pagamento de abono de R$ 700 na folha de janeiro do próximo ano, entre outros itens (veja abaixo).

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e diretor de Administração e Finanças da Fenae, os empregados conseguiram avanços importantes na campanha. Ele afirmou que, além do aumento real e da contratação de cinco mil empregados, medidas como a implantação de comitês que vão discutir a mediação de conflitos de assédio moral e a autorização da eleição de todos os cipeiros, sendo o presidente indicado dentre os eleitos, vão possibilitar melhorias nas condições de trabalho.

PLR – A Participação nos Lucros e Resultados será creditada na terça-feira, dia 3 de novembro. O valor a ser depositado corresponde à totalidade da regra básica negociada com a federação dos bancos (Fenaban), que consiste em 90% do salário mais parcela fixa de R$ 1.024, com teto de R$ 6.680. O restante será pago em março de 2010.

Na Caixa, a PLR deve variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil ou a regra da Fenaban, o que for maior. No entanto, tendo em vista que este ano o resultado tende a ser menor do que o de 2008, o valor total a ser distribuído pela empresa na regra básica ultrapassará o teto previsto de 13% do lucro líquido. Assim, o valor a ser pago a cada bancário receberá um redutor de 23% para adequá-lo ao teto, o que não afeta a PLR adicional.

Outros itens – Pelo acordo coletivo deste ano, os bancários da Caixa também terão direito a reajuste salarial de 6% (1,5% de aumento real) e conquistaram ganhos em pontos como a criação e implantação dos comitês de acompanhamento da rede credenciada do Saúde Caixa e dos comitês regionais de mediação de conflito no trabalho, vinculados à Comissão de Ética da Caixa. Essas medidas visam melhorar as condições de saúde e combatem o assédio moral.

Outra conquista é a autorização para eleição de todos os cipeiros, com o presidente sendo indicado dentre os eleitos.

Os trabalhadores da empresa fizeram 28 dias de greve, encerrada em 21 de outubro. Não haverá desconto dos dias parados e a compensação será até 18 de dezembro.

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