A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) intensifica as mobilizações no Congresso Nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, a chamada Reforma Administrativa. Neste sentido, os representantes dos trabalhadores visitaram a Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (06), com o objetivo de dialogar com os parlamentares sobre os efeitos nefastos da emenda.   

Segundo os dirigentes da Federação, a proposta do atual governo, que defende o Estado mínimo, ameaça o serviço público e estimula as privatizações, deve ser barrada. “Não podemos permitir tamanho retrocesso. A PEC 32 representa uma bomba de ataque aos trabalhadores, pois extingue a estabilidade de futuros servidores, amplia a contratação de comissionados, reduz concursos públicos e acaba com garantias como adicionais por tempo de serviço e promoções de carreira”, afirmou Sergio Takemoto, presidente da Fenae. 

Para os diretores de Formação, Jair Pedro Ferreira e de Administração e Finanças, Clotário Cardoso, a proposta pode retirar direitos históricos dos empregados da Caixa. “Um exemplo disso é a proibição da concessão de estabilidade ou proteção no emprego por meio de negociação coletiva e individual. O que representa um retrocesso tanto para os trabalhadores do serviço público como para a população, pois significa a precarização dos serviços, quebra de concursos públicos e do regime jurídico”, explicou Jair Ferreira.

“Precisamos unir forças junto aos parlamentares, as entidades representativas dos trabalhadores e toda a sociedade. É tempo de resistir aos ataques contra a enxurrada de retirada de direitos, contra a precarização e o desmonte dos serviços públicos”, alegou Cardoso. 

Até o momento, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), não anunciou uma previsão sobre o dia em que a matéria será votada.

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