A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) se reuniram nesta segunda-feira (20) para tratar de assuntos gerais de interesse do participante.

Um dos assuntos foi o resultado ruim do balanço do terceiro trimestre – a Fundação registrou um déficit de R$ 1,54 bilhão no acumulado até setembro. A diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, questionou a política de investimento pensada para o próximo ano, principalmente para REB e Novo Plano. A parte dos ativos (CD) destes planos ficou muito abaixo da meta atuarial, o que provoca uma diminuição de benefício futuro.

“Estamos preocupados com os resultados. Existem algumas explicações para o desempenho ruim do REG/Replan, já que renda variável, especialmente a Vale, não performou como no primeiro semestre. Mas a política de investimento para REB e Novo Plano precisam de atenção”, afirmou.

O presidente da Fundação, Gilson Santana, informou que a exposição em renda variável também impactou o desempenho destes planos e que a política de investimentos do próximo período, de 2022 a 2024, será direcionada para renda fixa, que está batendo a meta atuarial. “Assim tenho menor exposição a risco, com uma rentabilidade acima do atuarial. A gente não quer recuperar rentabilidade e reduzir equacionamento a qualquer custo, se expondo a risco grande”, ponderou.

O diretor de formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, que substituiu o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, na reunião, questionou a possibilidade de um novo equacionamento, se consolidado o déficit no exercício 2021. Segundo o presidente da Funcef, de acordo com o monitoramento dos resultados, “a possibilidade da convocação de um novo equacionamento tende a zero”.

Incorporação do REB ao Novo Plano – Um dos assuntos discutidos na reunião foi a incorporação do REB ao Novo Plano – reivindicação antiga da Fenae e que está em estudo na Funcef. De acordo com Gilson Santana, o assunto continua evoluindo na Fundação e na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). A intenção de Santana é apresentar o modelo de incorporação do plano às entidades em reunião que deve acontecer na primeira quinzena de janeiro.

Convênio com INSS – Santana informou que se encontrou com o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), José Carlos Oliveira, nesta segunda-feira para tratar da renovação do convênio. Ele acredita que até janeiro o convênio será restabelecido, permitindo a liberação da margem consignável para os participantes.

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