A divulgação das investigações que estão em curso no Ministério Público sobre a prática, pelo presidente Pedro Guimarães, de assédio sexual contra empregadas do banco, continua repercutindo na imprensa nacional e estrangeira.

Durante o dia de hoje (29/06), o assunto esteve entre os trending topics do twitter nas cinco primeiras posições, incluindo as duas primeiras. Veículos como Uol, O Globo, Metrópoles, Reuters, além de jornais de canais abertos e fechados de televisão, traziam mais detalhes sobre o assunto, com situações anteriores envolvendo Pedro Guimarães.

As entidades representativas dos empregados realizaram, durante o dia, atividades repudiando a prática de assédio, cobrando apuração dos fatos e, como medida protetiva às vítimas que denunciaram, o afastamento imediato do presidente. Um ato na entrada do prédio da Matriz do banco, em Brasília, contou com a cobertura da imprensa, que acompanhou a movimentação durante o dia. As entidades também subscreveram carta aberta, em que cobram, do governo Bolsonaro, o rigor na apuração, o afastamento do presidente e a proteção às vítimas, solidarizando-se com elas e colocando-se à disposição para prestar o apoio que for necessário.

A Caixa também precisa, institucionalmente, se manifestar, e não pode adotar como forma de prevenção de crise o silêncio, que, na prática, dá ares de cumplicidade e conivência com as práticas narradas. A apuração, inclusive, precisa alcançar todos os envolvidos, já que os relatos dão conta de que outros empregados facilitavam a prática das condutas do presidente.

Parlamentares foram acionados para cobrar o governo federal. Se ao mesmo tempo é uma vergonha que tenha se passado tanto tempo sem que o governo tome as providências necessárias, também não é surpresa que isto ocorra, dado o histórico do governo Bolsonaro. Por isso, é fundamental que nos apoiemos mutuamente, como temos feito, para lutar contra todas as formas de assédio e de violência organizacional.

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