Há um ano, o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, entregava sua carta de demissão por causa das graves denúncias de assédio sexual feitas por empregadas da Caixa.

A informação havia se tornado pública na noite anterior e rapidamente ganhou repercussão nacional, e até internacional. Segundo a primeira reportagem publicada, no fim de 2021, um grupo de empregadas que trabalham ou trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, decidiram romper o silêncio e fazer a denúncia do assédio a que vinham sendo submetidas ao Ministério Público Federal.

É lamentável constatar que, até o momento, nenhuma punição foi aplicada a Pedro Guimarães e aos demais envolvidos. Outros vice-presidentes foram afastados, mas nada além disso. Só em março deste ano, o ex-presidente da Caixa se tornou réu após a Justiça Federal acatar a denúncia do Ministério Público. Desde então, os casos caíram em completo silêncio.

“Essa sensação de impunidade é péssima para a imagem da empresa e do país, passa um sinal negativo para a sociedade, e prejudica a luta contra o assédio moral, sexual e outras formas de violência organizacional”, indignou-se o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “A Caixa precisa ter uma política consistente de combate ao assédio e que, de fato, patrocine uma mudança de cultura, o que ainda não é percebido. Estão em vigor, por exemplo, campanhas, com metas individuais e com exposição de resultados das unidades”, completou.

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