Ao ser questionado sobre a situação dos novos trabalhadores sem o Saúde Caixa em pronunciamento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, zombou dos novos empregados ao dizer que “nem ele tem plano de saúde pela Caixa”.

O presidente do banco achou razoável comparar a sua situação com a de trabalhadores que ganham um salário muito inferior e vem sofrendo com o descaso do banco, como já denunciamos anteriormente. Muitos inclusive já foram contaminados pelo Covid 19, provavelmente enquanto trabalhavam, e tiveram que arcar com os custos hospitalares.

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“Eu também não tenho plano de saúde pela Caixa, ninguém que entrou nos últimos anos tem. Nós não podemos revisar agora porque a contratação do plano de saúde passa pela Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) e precisa de uma conversa com o Ministério da Economia”, justificou.

Na semana em que o Brasil completa mais de 169 mil casos por coronavírus, essa é a única resposta que o presidente do maior banco público do país tem para os trabalhadores.

Além disso, Pedro Guimarães voltou a citar a “reparação histórica” com a contratação dos mais de dois mil trabalhadores PCD’s no ano passado, quando na verdade a Caixa foi condenada a se adequar à Lei de Cotas, em ação do Ministério Público em que a Fenae é assistente. A realidade é que o banco não se preparou para receber e não oferece as condições mínimas de acessibilidade para esses trabalhadores.

A Fenae a Contraf/CUT enviaram, no dia 22 de abril, ofício endereçado a Pedro Guimarães, reivindicando que excepcionalmente, por 120 dias, os empregados admitidos a partir de 1º de setembro de 2018 sejam incluídos do Saúde Caixa e possam ter direito ao plano de Saúde dos trabalhadores da Caixa durante a fase mais crítica da pandemia do coronavírus no Brasil.

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