A Caixa divulgou nesta quarta-feira (17/3) a contratação de 2.766 empregados, 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas.

A reivindicação de mais contratações é uma demanda histórica do movimento dos empregados da Caixa e tema de discussões judiciais, que cobram da Caixa o cumprimento de Acordos Coletivos de Trabalho, respeito aos percentuais de Pessoas com Deficiência (PcD) e ao último concurso público, realizado em 2014. O assunto foi pauta da mesa de negociação com a Caixa desta terça-feira (16) e anunciado pela Caixa nesta quarta-feira (17/3).

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“Há muito tempo cobramos que haja mais contratações. Desde 2016 ocorre redução de postos de trabalho na Caixa, causando sobrecarga de trabalho e precarizando o atendimento à população. As 2.766 novas contratações anunciadas são importantes e precisam ser distribuídas entre todas as regiões do país, mas não resolvem o problema, pois não representam o acréscimo nem de um novo empregado por unidade”, comentou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

No primeiro ano da atual administração da Caixa, em 2019, mesmo com a contratação dos PcD, feita em atendimento à determinação judicial, o saldo líquido entre contratações e dispensas na Caixa foi amplamente negativo. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve 2.453 contratações e 3.065 desligamentos, resultando na diminuição de 612 postos de trabalho na empresa.

No estado de São Paulo, a redução foi de 313 postos de trabalho, o que corresponde a mais da metade das vagas fechadas pelo banco. Só na capital paulista, que já contou com quase 10 mil empregados, o número no início do ano era de pouco mais de 8 mil, de acordo com o Caged. Do último concurso, houve cerca de 370 contratações (300 delas até 2015), enquanto foram realizados quase 2 mil desligamentos. Apesar disso, o estado não recebeu nenhuma das contratações anunciadas pelo presidente em fevereiro.

Do total de contratações divulgada pela Caixa nesta quarta-feira (17/3), deve-se ainda descontar os 566 já anunciados anteriormente e os 87 da área de TI.

“A confirmação do retorno do reforço de vigilantes e recepcionistas, que cobramos anteriormente e, também, foi debatido na mesa de negociação de ontem, era uma demanda dos empregados, e será extremamente necessária para melhorar as condições de trabalho das unidades para o novo ciclo de pagamento do Auxílio Emergencial”, explicou Leonardo Quadros.

“A prioridade deve ser preservar a saúde de empregados, prestadores e clientes, por isso, a Caixa precisa avançar também em outros pontos debatidos para aperfeiçoar os protocolos de prevenção”, finalizou o diretor-presidente da Associação.

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