Recentemente, o governo federal anunciou um pacote de privatizações envolvendo pelo menos 17 empresas estatais, entre elas a Eletrobras, os Correios, a Casa da Moeda e a Lotex, reacendendo o debate sobre “soberania nacional”.

Algumas dúvidas surgem: é estratégico para um país manter o controle de sua matriz energética, garantindo independência e desenvolvimento?

O domínio do sistema de geração e transmissão de energia, além da gestão dos recursos hídricos, devem ser de responsabilidade do Estado. O controle do Estado garante não só a universalização do acesso, mas também representa a liberdade de uma país perante a comunidade internacional.

Com relação ao serviço de postagem brasileiro, será que é estratégico privatizar nosso sistema de postagem desistindo de administrar uma de nossas maiores empresas e que está presente em todos os municípios brasileiros? 

O atual governo está na contramão de países como Alemanha e Estados Unidos, que estão reestatizando algumas de suas empresas após a diminuição da qualidade do serviço prestado e o aumento de preços. 

Para debater estas questões, movimentos sociais realizarão nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o “Ato e Seminário pela Soberania Nacional e Popular”. O objetivo dos organizadores é sensibilizar a população sobre o iminente risco para a soberania nacional por conta da atual política econômica do governo federal.

Participantes debaterão o pacote de privatizações anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a retirada de recursos do governo para educação, ciência, tecnologia, questões ambientais e, ao final do evento, divulgarão um Manifesto em Defesa da Soberania Nacional. A APCEF/SP participa dos debates.

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