A venda de ações da Caixa Seguridade segue sendo criticada por muitos empregados, seja por divergência – por entenderem que os efeitos decorrentes da venda serão prejudiciais à empresa, seja pela grande pressão que eles têm sofrido para realizar a venda ou por questionamentos quanto à adequação dos empregados para a venda das ações, mesmo sem possuir o CNPI, certificação da APIMEC para atuar no mercado de capitais.

Uma fala de um empregado dá o tom da indignação, dizendo que ”parecemos os índios derrubando Pau Brasil para enviar à Europa”, em alusão à entrega de patrimônio público do Brasil a interesses privados, algo que sabemos não ser novidade para nós, nem tampouco positivo para o País, como a história nos mostra há cinco séculos.

:: Abertura de capital da Caixa Seguridade: mais um atentado contra o patrimônio público

Outra preocupação presente é em relação à expectativa de aumento nas metas de venda de produtos da Caixa Seguridade, que seria uma forma de a Caixa manter sua receita nesta rubrica mesmo dividindo o pagamento dos dividendos com os possíveis novos acionistas.

“Esse processo está levantando diversas dúvidas por parte dos empregados, causando incertezas quanto à necessidade de habilitação específica. Para oferecer produtos bancários, os gerentes precisam da certificação da ANBIMA. No caso de venda de ações, não seria necessário a certificação da APIMEC? Também essa situação está gerando insegurança”, diz o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “São vários questionamentos que estamos recolhendo para consultar os órgãos reguladores”, conclui.

Compartilhe: