A direção da Caixa anunciou na sexta-feira (10) que haverá processo seletivo para as vice-presidências do banco nas áreas de Corporativo, Fundos Governamentais e Loterias, Governo e Habitação.

A ideia de colocar agentes do mercado dentro da Caixa não é nova e ganhou força outra vez com a retomada do plano de privatizações de estatais ocorrida no governo Temer. E faz parte da estratégia de desmonte.

O processo seletivo externo será coordenado por consultoria privada e poderá contar com a participação de empregados de carreira seguindo alguns critérios, mas, especialmente, profissionais do setor privado.

Para os empregados as exigências são: dez anos na instituição, já ter exercido cargo estatutário, curso superior completo e ingresso no banco por meio de concurso público, entre outras. Para candidatos externos: no mínimo dez anos no setor público ou privado no setor bancário e quatro anos em cargo de direção ou conselho de administração em empresa de porte da Caixa, entre outras.

No edital de seleção não fica claro como será feita a escolha dos 12 nomes por vaga. O documento apenas informa que serão selecionados através de uma avaliação dos perfis de acordo com as exigências para no final serem entrevistados.

“A direção da Caixa abre para o mercado a gestão de áreas importantes e estratégicas para o banco público. Mas, nesse sentido, só atende aos anseios dos bancos privados que querem ver a Caixa fora do mercado em que é líder e, ainda, reduzida sua capacidade de gerir políticas públicas de interesse da sociedade brasileira”, pontuou o diretor da APCEF/SP Edvaldo Rodrigues.

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