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Durante a realização da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, iniciada nesta sexta-feira, dia 25, em Atibaia, o juiz do Trabalho, Grijalbo Fernandes Coutinho, em meio os debates sobre Emprego e Reestruturação Produtiva, deu um panorama sobre a precarização do trabalho no mundo.

Grijalbo falou sobre a perda de direitos causados pela terceirização que, ampliada para a atividade-fim, como quer o empresariado brasileiro, fragiliza ainda mais o trabalho e a organização sindical. E fez um alerta: “O que está em jogo não é apenas a redução da força de trabalho, mas um projeto político de massacre do trabalhador”.
O projeto, que não é algo novo, mas teve início na década de 50, no Japão e, posteriormente, refletiu-se no mundo a partir dos ano 70, consiste na subcontratação, terceirização e captação da subjetividade do trabalhador por meio da falsa ideia de que a empresa pertence a todos.

No entanto, o impacto dessa proposta no Brasil teria efeitos danosos aos trabalhadores brasileiro, pois tem-se uma economia capitalista dependentes com raízes em um modelo escravagista colonial, onde as estruturas arcaicas foram mantidas, aprofundando as desigualdades e exclusão social.

Os efeitos da precarização são, portanto, maiores: atualmente são 90,1 milhões de empregados no Brasil. São mais de 36 milhões os regidos formalmente pela CLT, segundo dados da PNAD de 2012. Além desses também há formalizados entre os domésticos, militares, funcionários públicos e "empregadores. Somados todos eles, o total da ocupação formal é de mais de 48 milhões de pessoas. Mas os trabalhadores informais, ainda que tenham diminuído, somam mais de 14 milhões. Outros 41 milhões de trabalhadores têm ocupações precárias.

Mesmo entre os trabalhadores formais, a imensa maioria sofre com a precarização salarial, entre eles os terceirizados. "Cada vez mais, o trabalho vem sendo esvaziado de sua centralidade para ser ocupado por um subproletariado. O número de correspondentes bancários, por exemplo, passou de 14 mil, em 2000, para 405 mil", afirma o juiz. E completa: "A ampliação da terceirização para a atividade-fim significa um golpe de morte no direito trabalhista. Se isso acontecer, a Constituição Brasileira deixa de valer para os trabalhadores".

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

 

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