Na quarta-feira, dia 23, diretores da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região estiveram na Superintendência Regional Jundiaí para cobrarem esclarecimentos quanto ao projeto-piloto Rede de Operações.
O projeto-piloto foi implantado inicialmente em agência com aproximadamente 47 empregados no Distrito Federal. Agora é executado em cinco agências em Jundiaí, com previsão de expansão para outras seis na cidade.
O primeiro questionamento dos diretores das entidades à SR foi quanto ao formato adotado pela Caixa para notificar seus empregados. “Os tesoureiros foram convocados às pressas na sexta-feira (18) para reunião na SR com pauta desconhecida”, explicou o diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e conselheiro da APCEF/SP, Sérgio Kaneko.
Os esclarecimentos sobre o projeto demonstram a desatenção da Caixa, que impõe de forma unilateral mudanças que implicam prejuízos profissionais e pessoais aos trabalhadores, com a evidente intenção de reduzir custos, extinguir funções, reduzir postos de trabalho e focar nos negócios.
As agências Vianelo, Vila Arens, Parque da Uva, Serra do Japi e Paineiras, todas em Jundiaí, são as primeiras unidades a executarem o projeto. Sua implantação é acompanhada pelos coordenadores do piloto por meio de reuniões com os tesoureiros envolvidos. "Não acredito que testar o novo modelo de gestão em cinco agências é parâmetro para expansão pelo país", comentou o conselheiro da APCEF/SP.
Os representantes dos empregados explicam que esse projeto é muito semelhante ao que foi implantado no Banco do Brasil, em 2011, e segue a lógica dos bancos privados. Tesoureiros passam a absorver as atribuições operacionais de gerentes gerais e supervisores de atendimento, apenas com a troca na nomenclatura da função para "gestor da operação". Irão adquirir a responsabilidade da administração da bateria de caixas e, possivelmente, não terão acréscimo na remuneração.
O projeto-piloto também causa impactos aos caixas e gerentes gerais. Para os gerentes gerais, há desoneração da parte operacional da agência e foco na parte comercial. Para os caixas, a situação é mais problemática. Futuramente serão desvinculados da lotação da agência e vinculados à nova plataforma operacional, realizarão suas atividades como caixas itinerantes, o que significa que, a cada período, poderão exercer sua função em unidades diferentes.
GT Descomissionamento – O assunto foi tratado durante as reuniões dos grupos de trabalho que debatem as alterações na RH 184.
A intransigência da Caixa em suas decisões, especialmente no que diz respeito à rotina dos empregados, dá sinais de que este projeto-piloto não tem volta e que o objetivo é focar no mercado, conforme declaração da direção do banco em reunião do GT no dia 25. Deixou-se claro que o foco da Caixa agora é o negócio e que é importante que os trabalhadores estejam livres para esse fim.
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