Da Agência Fenae

Rodada entre bancários e banqueiros acontece hoje e trata de todas as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva Nacional. O foco é a remuneração total

Em 5 de setembro, na capital, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) começam os debates do segundo bloco de reivindicações da campanha salarial deste ano, que abrange todas as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva Nacional. O foco desta vez é a remuneração total, com destaque para reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pisos da categoria, contratação coletiva da remuneração variável, 14º salário, gratificação de caixa, gratificação semestral, auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
A campanha salarial deste ano reivindica reajuste salarial de 10,3%, que compreende a reposição total da inflação e aumento real. O reajuste reivindicado vale para todos os salários e demais verbas de natureza salarial. Os bancários lutam ainda por uma PLR de dois salários a ser distribuída de forma linear para todos e mais uma parcela fixa de R$ 3.500, além de piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo estipulado pelo Dieese).
Para a categoria bancária, outra questão imprescindível é a melhoria nas verbas que compõem a remuneração. Neste particular, a minuta mínima de reivindicações prevê a contratação coletiva da remuneração variável, equivalendo a 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, incidindo sobre FGTS, 13º salário, férias e descontos previdenciários. Há ainda a reivindicação de que os bancos paguem uma remuneração complementar de 5% sobre receita de prestação de serviços, distribuídos de forma linear a todos os bancários, inclusive aos afastados por motivo de saúde.

• Novas audiências com autoridades em Brasília

Como parte da programação da jornada de luta da campanha salarial deste ano, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou audiências com diversas autoridades em Brasília para debater o sistema financeiro nacional.
Foram solicitados encontros com ministros, parlamentares e diretores de autarquias.
O objetivo é fazer uma série de contatos com essas autoridades na última semana de setembro para marcar a conclusão da jornada de luta da campanha salarial de 2007. Os encontros foram solicitados com as seguintes autoridades: Guido Mantega/ministro da Fazenda (regulamentação do sistema financeiro no Brasil), Tarso Genro/ministro da Justiça (segurança bancária), Carlos Lupi/ministro do Trabalho e do Emprego (ampliação da fiscalização juntos aos bancos para combater a terceirização e a interposição fraudulenta da mão-de-obra), Luiz Fernando Corrêa/diretor-geral da Polícia Federal (segurança bancária), Henrique Meireles/presidente do Banco Central (fiscalização do sistema financeiro), Aloísio Mercadante/presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (sistema financeiro brasileiro), Paulo Paim/presidente da Subcomissão Permanente do Trabalho e Previdência do Senado Federal (bancarização – precarização – Convenção 158 da OIT e interdito proibitório), Cezar Silvesti/presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados (tarifas bancárias), Cláudio José Montesso/presidente da Anamatra (interdito proibitório) e Raphael de Barros Monteiro Filho/presidente do Superior Tribunal de Justiça-STJ (interdito proibitório).

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