A primeira rodada de negociação específica entre a Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados, realizada em 21 de agosto, em Brasília, foi marcada por um forte embate que envolveu o modelo de Gestão de Desempenho de Pessoas. O GPD já foi implantado pelo banco e institucionaliza as metas individuais, o ranking para premiação e o risco de descomissionamento de empregados.

De acordo com o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, esta política da Caixa traz muitos danos ao trabalhador por criar um ambiente competitivo entre colegas e ainda incentivar o assédio moral com ameaças de perda de função. “Os empregados já sofrem com a sobrecarga de trabalho. Se somarmos a pressão do GDP, os números de adoecimentos (que já são altos) irão triplicar. Além disso, a medida foi imposta unilateralmente”, afirmou.

Os representantes dos trabalhadores cobraram agilidade na convocação de concursados e o aumento do número de pessoas por setor. Outra preocupação é a possibilidade de eventuais mudanças na redação do RH 022, principalmente em relação à garantia de manutenção da titularidade e complementação salarial referente à função e ao CTVA para afastados por motivos de saúde no período de 180 dias.
Representantes da Caixa afirmaram que a GDP engloba, por enquanto, apenas gerentes gerais e de filial e que só em 2016 irá abranger os demais empregados. O banco declarou que não irá suspender o projeto, mas afirmou que irá verificar se o modelo está saindo da esfera gerencial.

Na reunião também foram discutidos outros assuntos como: adicionais de periculosidade e insalubridade, a gestão do Saúde Caixa, o penhor express e o combate ao assédio moral. A segunda rodada específica está agendada para 29 de agosto.
 

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