negociação

Na última sexta-feira, dia 28, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT) entregou uma nota de repúdio à coordenação da mesa de negociação permanente na qual condena o tratamento que o banco tem dado ao GT Saúde e ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa. No texto, ainda, a CEE/Caixa – Contraf/CUT cobra agilidade e transparência na divulgação dos dados relativos ao superávit do plano de saúde.

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No aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 ficou definido que até o dia 15 de dezembro deste ano seria debatida no GT, instância formada por representantes da empresa e dos trabalhadores, uma proposta de metodologia de utilização do superávit. Após a assinatura do ACT, foram realizadas duas reuniões, em 30 de outubro e 24 de novembro, sem avanços, pois os números apresentados pela Caixa foram insuficientes.

A reunião do dia 30, por exemplo, o clima foi de tensão já que o gestor do plano, Emerson Martins Garcia, teve um entendimento equivocado a respeito do que foi acordado na campanha salarial desse ano.

Na última reunião, no dia 24, o movimento nacional dos empregados é de que todos os dados relativos à receitas e despesas do Saúde Caixa, desde a época em que o plano foi criado, em junho de 2004, sejam acrescentados mês a mês. Segundo a Caixa, não houve a disponibilização porque são valores contábeis, posição que foi contestada pelos representados dos trabalhadores no Grupo de Trabalho.

Os representantes da Caixa, durante a mesa de negociação permanente, ficaram de avaliar com a área responsável a possibilidade de oferecer os números detalhados em um prazo de 10 dias. Conforme salienta a coordenadora da CEE/Caixa – Contraf/CUT e diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus, a Caixa está descumprindo o que foi negociado em mesa. “Deste jeito, iremos entrar em 2015 sem cumprir uma cláusula muito importante de nosso acordo coletivo”.

Ela lembra ainda que, desde 2009, a Caixa não repassa as informações atuárias ao Conselho de Usuários, o que impede de planejar o futuro do plano de saúde dos empregados da Caixa. Os relatórios repassados anteriormente estavam incompletos e o banco não complementou as informações.

Reestruturação da Gipso
Ainda durante a reunião da mesa de negociação permanente, a CEE/Caixa – Contraf/CUT cobrou mais uma vez esclarecimentos sobre a reestruturação da Gerência de Programas Sociais (Gipso).
Os interlocutores do banco admitiram, pela primeira vez, que o processo está em curso e que deve ser concluído até o fim de janeiro de 2015.

Segundo a Comissão, empregados têm se queixado que não estão conseguindo realocação nas unidades ou filiais. A Caixa alegou que o problema não procede e que será assegurada ao trabalhador a permanência no município em que estiver lotado, exceto quando a transferência for solicitada pelo próprio empregado.

Os membros da CEE/Caixa – Contraf/CUT defenderam o respeito aos direitos dos trabalhadores e que não haja redução de salários dos empregados da Gipso. Eles lembraram que, desde maio, a Comissão cobrou na mesa informações sobre a reestruturação da Gerência, mas o banco alegava não ter informação sobre mudanças.

Ajuda de custo e ressarcimento para supervisor de canais
Em relação a esse item, a Caixa informou que tem um contrato de veículos por Superintendência Regional e que estuda a otimização do mesmo, a fim de resolver o problema. Para atender às demandas de suas atividades, os supervisores têm arcado com despesas, principalmente de transporte. Em alguns casos, os gastos chegam a ser superiores aos valores da função que ocupam.

Migração de dados nos dias 15 e 16
A Comissão Executiva dos Empregados reivindicou da Caixa o pagamento integral de horas extras para os trabalhadores das agências que foram convocados para trabalhar nos dias 15 (sábado) e 16 de novembro (domingo), por conta de testes na migração do sistema. Os representantes do banco alegaram que não tinham conhecimento dessa convocação e prometeram verificar a reivindicação.

Sipon
A Caixa informou que quando um gerente é destacado para um projeto especial, ele carrega sua condição. Se estiver previsto o registro de Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), ele deve ser realizado normalmente. A CEE/Caixa – Contraf/CUT reafirmou a reivindicação de Sipon para todos os empregados.

Promoção por mérito
Foi acordado que a comissão paritária que irá definir os critérios da sistemática de 2015 fará duas reuniões na segunda quinzena de janeiro e outras duas na primeira quinzena de fevereiro. Os nomes dos representantes dos empregados serão indicados pela CEE/Caixa – Contraf/CUT até 19 de dezembro.

Incorporação do REB
A Caixa informou que a proposta de metodologia para incorporação do REB ao Novo Plano da Funcef está no Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest). Só depois de analisada nesta instância, é que seguirá para apreciação do Conselho Diretor do banco. Não há previsão se a matéria entrará em pauta ainda este ano.

Vale-transporte
A CEE/Caixa – Contraf/CUT denunciou que empregados de alguns municípios do interior do Ceará, da Paraíba e do Piauí estão sem receber vale-transporte. O banco se comprometeu a apurar o que está ocorrendo.

Estudo de PCS
Questionada pela Comissão Executiva dos Empregados, a Caixa negou que tenha contratado uma empresa para analisar o Plano de Cargos e Salários (PCS).

Pesquisa
A Caixa confirmou que fez pesquisa para a avaliação da campanha salarial deste ano. As entidades solicitaram informações sobre o resultado.

PAA
Também indagada pela CEE/Caixa – Contraf/CUT, a Caixa não confirmou as informações veiculadas pelo presidente Jorge Hereda de que haverá Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) no início de 2015.

Novo coordenador
A mesa permanente de negociação tem um novo coordenador. Trata-se de Marcos Pereira, que está na Caixa há 25 anos e já participou da instância. Ele disse que espera manter o diálogo com as representações dos trabalhadores e continuar construindo reuniões mais produtivas.

Preparatória
Antes da negociação, os membros da CEE/Caixa – Contraf/CUT realizaram uma reunião preparatória na sede da Fenae, em Brasília (DF). O encontro contou com a participação do diretor de Benefícios da Funcef, Maurício Marcellini Pereira, que falou sobre os resultados e a política de investimentos da Fundação.

Maurício criticou a veiculação de informações distorcidas que têm gerado um clima de insegurança entre os participantes do fundo de pensão. O diretor se prontificou a participar de encontros promovidos por entidades representativas dos empregados da Caixa para prestar esclarecimentos sobre a Funcef. Na ocasião, as entidades cobraram uma posição mais proativa da Fundação na comunicação com os participantes.

Fonte: Fenae Net
 

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