Da Agência Fenae

A Caixa Econômica Federal completa 151 anos de existência nesta quinta-feira, dia 12 de janeiro. Sua presença na história do Brasil e na vida dos brasileiros foi forjada em 1961 por meio do Decreto nº 2.723, de criação da Caixa Econômica da Corte, assinado por Dom Pedro II.

A Fenae e as Associações do Pessoal da Caixa (APCEFs) rendem homenagem à instituição e a todos os cidadãos que participaram de sua construção ao longo desses anos, notadamente seus trabalhadores.

Parabéns à Caixa e parabéns aos bancários da Caixa – os empregados em atividade e os aposentados.
A empresa conta hoje com 2.261 agências (465 com Penhor), 566 postos de atendimento bancário, 1.877 postos de atendimento eletrônico. Sua rede atendimento, incluindo unidades lotéricas e correpsondentes Caixa Aqui, a leva a 5.467 municípios brasileiros. Sua base de clientes atualmente é de mais de 51 milhões de pessoas entre correntistas e poupadores de todas as faixas de renda. Os ativos consolidados ultrapassam R$ 380 bilhões.

A trajetória da Caixa rumo à condição de maior maior banco público da América Latina foi marcada por estreito vínculo com os desafios do país e com as necessidades da população. A instituição consolidou-se como instrumento do desenvolvimento econômico e social, com atuação voltada especialmente para os segmentos de baixa renda.

A Caixa é o principal agente das políticas públicas do Estado brasileiro. Serve a todos os cidadãos com transferência de benefícios sociais, investimentos em habitação, saneamento e infraestrurura, poupança, empréstimos, gestão do FGTS, Programa de Integração Social (PIS), Seguro-Desemprego e crédito educativo, entre outros serviços e programas.

Essa inestimável contribuição ao país e à sua gente é e sempre foi sustentada por trabalhadores e trabalhadoras aguerridos, profundamente comprometidos com os desafios apresentados à empresa. Mas o gigantismo do esforço desprendido pelos bancários e bancárias nem sempre encontra correspondência nos salários e nas condições de trabalho e de saúde.

A Caixa conta atualmento com 85.682 empregados, um contigente muito aquém das necessidades constatadas nas unidades, especialmente nas agências e postos e de atendimento, onde as demandas são cada vez maiores – o movimento associativo e sindical considera que o quadro de pessoal próprio deve ser de, no mínimo, 100 mil empregados.

O crescimento da carga de trabalho é acompanhado de inviabilidade de treinamento e de formação de pessoal, inadequação de instalações, metas abusivas e, não raro, assédio moral. Essa conjunção de fatores leva ao aumento do estoque de horas extras praticadas (muitas vezes não pagas) e à deterioração da qualidade de vida dos bancários e bancárias, quando não a adoecimentos físicos e mentais.

A elevação da importância da Caixa com banco público a serviço do Brasil e dos brasileiros precisa ser associada também a uma política de pessoal compatível com o reconhecimento ao papel que a empresa cumpre no cenário econômico e político do país.

Além de modernizar a relação com seus empregados, para superação de problemas decorrentes das dificuldades do momento, é necessário que a direção da Caixa se volte ainda para a remoção de esqueletos remanescentes do período em que a empresa esteve sob ameaça de desmonte, como é o caso do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Marcado (CTVA), criado no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, e que agora impacta fortemente os planos de benefícios da Funcef, por ter sido excluído da base de contribuição ao fundo de pensão.

O Brasil e os brasileiros precisam da Caixa. Precisam, em última instância, dos trabalhadores da Caixa. Os bancários e bancárias se orgulham em servi-los. Mas com dignidade e reconhecimento.

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