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O Conselho Deliberativo da Funcef adiou, mais uma vez, a definição sobre os novos membros dos quatro Comitês de Assessoramento Técnico da Fundação. Embora estivesse na pauta da reunião ordinária, que aconteceu na última quarta-feira, dia 26, em Brasília, os conselheiros eleitos Herbert Otto Homolka e Gilson Tavares Costa mantiveram a posição de não de não honrar o acordo firmado em agosto para fechar a composição dos colegiados.
Como eram necessários pelo menos três votos favoráveis para haver deliberação e os conselheiros indicados pela Caixa (patrocinadora) se abstiveram de votar, o colegiado protelou para janeiro de 2015 um posicionamento sobre a matéria.

A discussão sobre a nova composição dos Comitês de Assessoramento se arrasta há quase quatro meses. Na reunião de agosto do Conselho Deliberativo, o conselheiro eleito Antônio Luiz Fermino apresentou voto com a indicação de nomes para compor os Comitês. Otto e Gilson tinham alguns nomes para indicar. Foi firmado, então, o acordo com os nomes apontados pelos três conselheiros eleitos. No entanto, em setembro, Otto e Gilson voltaram atrás e apresentaram um novo voto com a indicação de 2/3 e pleiteando nomear todos os membros do Comitê de Ética.

Os Comitês são fruto da reivindicação do movimento dos empregados e aposentados da Caixa, visando assegurar a transparência e a participação dos associados e de suas representações.

A demora na nomeação dos novos membros dos Comitês de Assessoramento gerou um problema para a Funcef. É que a política de investimentos da Fundação para 2015 deve ser aprovada pelo Comitê de Investimentos antes de ser apreciada pelo Conselho Deliberativo, o que levou o CD a prorrogar até 30 de dezembro deste ano o mandato dos integrantes dessa instância.

“Desde que foram criados, os Comitês deram uma importante contribuição aos debates e às decisões tomadas pelos órgãos gestores da nossa Fundação, especialmente pelo Conselho Deliberativo. Esperamos que o Conselho se posicione para que os Comitês deem continuidade a esse trabalho”, ressalta o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, que já foi membro do Comitê de Investimentos.

Fabiana Matheus, que foi conselheira eleita e é coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa-Contraf/CUT), acrescenta: “Repudiamos a atitude desrespeitosa dos dois conselheiros eleitos por não terem honrado o acordo construído, e a posição do Conselho Deliberativo, cujo presidente é indicado pela Caixa, por ter voltado atrás na decisão do colegiado sobre a composção dos Comitês. Isso cria um precedente que fragiliza o CD e as estruturas de governança da Funcef. Reafirmamos nossa defesa quanto à importância dos Comitês para garantir a transparência na gestão da Funcef”.

Os Comitês de Assessoramento Técnico foram criados em 2008. São eles: Qualidade das Informações Contábeis e de Auditoria, Benefícios, Ética e Investimentos. Previstos no Estatuto da Funcef, foram uma conquista do movimento dos empregados da Caixa e aposentados. Estes órgãos representam avanço no processo de democratização da gestão da Fundação, ao assegurar maior acompanhamento por parte dos participantes.

A composição dos Comitês é paritária, com 50% dos membros indicados pelos conselheiros deliberativos eleitos e 50% pela Caixa e a Funcef. Os Comitês de Ética e de Qualidade das Informações Contábeis e de Auditoria são compostos por seis membros cada, o de Benefícios com 10, e o de Investimentos com 12. Cada membro titular tem seu respectivo suplente.

Fonte: Agência Fenae
 

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