A melhoria das condições de trabalho e a unidade na mobilização dos empregados da Caixa Econômica Federal deram a tônica dos pronunciamentos dos dirigentes sindicais e do movimento associativo durante a abertura do 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizada nesta sexta-feira, 17 de maio, no Hotel Hotel Holiday Inn, em São Paulo. O evento vai até domingo (19) e visa definir as reivindicações específicas que serão apresentadas à direção do banco na Campanha Nacional 2013 e nas negociações permanentes.

"Não existe unidade sem mobilização e não existe mobilização sem unidade", definiu Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, entidade que está organizando o Conecef, com apoio da Fenae. Cordeiro lembrou os desafios dos empregados da Caixa no próximo período, entre eles melhorar as condições de trabalho e discutir o papel da Caixa como banco público, o que implica combater a precarização e a terceirização trazidas pelos correspondentes bancários e imobiliários.

Para o presidente da Contraf-CUT, a Caixa não pode se transformar em uma instituição que visa apenas o lucro. "Os bancos públicos devem contribuir com a distribuição de renda, não adianta conquistarmos crescimento de renda concentrado."

 O presidente da Fenae Pedro Eugenio Leite disse que a entidade se orgulha de estar presente desde o primeiro congresso realizado pelos empregados da Caixa e ressaltou a parceria que vem mantendo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) visando contribuir para organização dos trabalhadores.

Pedro Eugenio lembrou que a Caixa é o banco que hoje mais contrata empregados. No entanto, as contratações não têm acompanhado o processo de expansão da rede do banco, gerando sobrecarga de trabalho e ampliação da jornada. “A melhoria das condições de trabalho deve ser a questão central da campanha salarial de 2013”, enfatizou.

Para o representante da Fenacef, Olívio Gomes, a realização do Conecef marca o início da campanha salarial. “É a continuação da luta permanente com a Caixa”, ressaltou.

O diretor de Benefícios da Funcef, José Carlos Alonso, ressaltou que o movimento dos empregados tem conseguido conquistas importantes em mais de duas décadas de lutas, mas ainda há problemas a serem superados e que refletem na Fundação. Ele citou o processo de incorporação do REB ao Novo Plano que continua parado, apesar da pressão feita pelos trabalhadores para que a cisão ocorra, e o contencioso jurídico. “Precisamos sair daqui com resoluções para que se avance na luta e conquistas da catgeoria”.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, é importante debater durante o Conecef o que os empregados da Caixa estão vivendo no seu dia a dia, e a busca por melhores condições de trabalho e valorização dos trabalhadores.

Fonte: Agência Fenae
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