As ditas orientações da direção da empresa para que os empregados realizem o pagamento do Auxílio Emergencial mostram o descolamento da realidade, o tratamento desrespeitoso com os empregados e o improviso que marcam as medidas da direção. Agora, para identificar os clientes que possuem apenas a CTPS no modelo antigo, os empregados foram orientados a fotografar os clientes.

A medida tem problemas sanitários. A imagem deve conter o cliente segurando a CTPS aberta na folha de identificação mais o MO preenchido e assinado e a pessoa deve estar sem a máscara, contrariando orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o que coloca a saúde dos empregados em risco.

A medida também tem problemas logísticos e legais. Os arquivos devem ser salvos ou impressos e preservados para identificação do cliente em uma eventual contestação, mas o banco público não fornece equipamentos para tirar fotos e nem para guarda adequada das imagens, deixando subentendido que o empregado deveria usar seu próprio telefone celular.

Em mais um processo cheio de insegurança, a direção do banco tenta empurrar a responsabilidade para o empregado no caso de possíveis erros no pagamento do Auxílio Emergencial. A medida, que certamente aumentará o passivo trabalhista da Caixa, será questionada pela Comissão Executiva do Empregados à direção do banco.

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