O plano de privatizações do governo Temer segue a todo vapor. Nesta quarta-feira, dia 27 de setembro, foi realizado o leilão de quatro usinas hidroelétricas da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais S.A) por R$ 12,13 bilhões.

Juntas, as quatro usinas leiloadas têm capacidade de 2.922 MW, 37% da capacidade de geração da estatal. Sindicalistas fizeram protestos em frente à Bolsa B3, onde ocorreu o leilão. Segundo o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), mesmo partido de Temer, “entregaram as usinas a preço de banana”.

Em maio deste ano, a privatização de companhias estatais de energia, como a Cemig, foi aprovada como contrapartida do “socorro” aos Estados. A desculpa do governo é que a venda das usinas ajudará a cumprir a meta de déficit de R$ 159 bilhões.

No entanto, o mesmo governo estuda perdoar dívidas de empresários que somam R$ 543,3 bilhões. Só dos bancos privados foram perdoadas dívidas de R$ 27 bilhões em 2017.

Banco do Brasil e Caixa

Enquanto isso, os bancos públicos, que também estão na mira das privatizações, sofreram mais pressão essa semana.

Na segunda-feira, dia 25, o jornal O Estado de S. Paulo publicou entrevista com o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, onde ele afirmou que caso o Banco do Brasil seja vendido a Caixa deveria se tornar uma empresa de capital aberto. “Pessoalmente, acho que o Banco do Brasil está pronto (para ser vendido)”, declarou.

Esta é mais uma da série de entrevistas que vem sendo divulgadas na grande imprensa com membros e ex-membros do governo (em todas as esferas públicas) indicando o desejo de privatização das principais empresas públicas como Caixa, Banco do Brasil, Correios e Petrobras.

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