Para as comunidades de Centro Velho, Estiva da Josefa e Mirinzal, no município de Belágua, no Maranhão, 2021 começou de maneira bastante positiva. É que mais uma ação do Movimento Solidário, programa de responsabilidade social da Fenae e das Apcefs, joga luz em um cenário de vulnerabilidade e busca mudar as estatísticas, com a conclusão de projetos que visam melhorar as condições de vida das famílias. Dessa vez os benefícios foram um poço artesiano e dois tanques para criação de peixes. Por causa da pandemia da Covid-19, não há data confirmada para as inaugurações das obras.

Com a inclusão desses três povoados, o Movimento Solidário completa um total de 45 projetos implantados em Belágua em cinco anos. As doações de empregados da Caixa Econômica Federal, apesar de feitas a distância, beneficiam concreta e diretamente 1.928 pessoas de 30 comunidades. Até agora foram contempladas 385 famílias e 125 idosos, com a maioria dos projetos voltados para agricultura familiar, economia solidária e comércio justo entre os moradores. Essas ações, baseadas em um movimento integrado com a cidadania e comprometido com o presente e futuro do país, têm transformado a realidade da região desde 2015, quando o Movimento Solidário chegou ao município maranhense, com 7.191 habitantes, estando entre os 100 mais pobres do Brasil, e marcado por um baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

“Para mim, e acredito que para toda a comunidade de Estiva da Josefa, o projeto construído com a ajuda do Movimento Solidário foi um avanço muito grande. É uma situação de muita felicidade realizar o sonho de receber um tanque de criação de peixe, uma possibilidade que muda muita coisa aqui para a gente”, resume Aldenete Bezerra dos Santos, moradora do povoado, com 36 anos e mãe de três filhos. Na Estiva da Josefa, são 26 famílias e o tanque de peixe irá beneficiar 116 pessoas.

O outro tanque para criação de peixe foi para a comunidade de Mirinzal, com 11 famílias e 44 moradores beneficiados. A satisfação pela conquista do benefício é assim manifestada por Maria Aparecida da Silva, mãe de três filhos: “Estamos todos muito felizes pelo projeto do Movimento Solidário. Queremos agradecer à Fenae por mais essa ação importante para a nossa comunidade”.

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No povoado Centro Velho, a opção das 15 famílias foi a construção de um poço artesiano. A demanda, conforme apresentada pela própria comunidade, irá beneficiar 84 pessoas e terá a capacidade de solucionar em parte o problema da escassez de água. O presidente do Instituto Fenae Transforma e diretor de Formação da Federação, Jair Pedro Ferreira, declara que os resultados positivos em Belágua provam de que existe a acumulação de experiência em planejamento e execução dos projetos, com a garantia de que os recursos são bem aplicados e geram impactos na economia local.

Jair Ferreira pontua o aprendizado adquirido na atuação do Movimento Solidário no município maranhense da seguinte maneira: “As ações de solidariedade em comunidades de Belágua demonstram um amadurecimento muito importante do movimento associativo dos empregados da Caixa para as temáticas de responsabilidade social e desenvolvimento humano”.

“É gratificante poder ajudar comunidades carentes a construírem seu próprio caminho, dando condições para que eles possam ir mais longe. E tudo isso com a fundamental ajuda dos colegas da Caixa, que sempre abraçaram nossos projetos”, ressalta o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Segundo ele, com o apoio das representações políticas e administrativas do governo do Maranhão, aliada ao engajamento dos empregados da Caixa de todo o país, nosso propósito é promover intervenções com projetos de geração de renda e melhoria dos indicadores sociais para mudar a situação de Belágua, a exemplo do que ocorreu em Caraúbas do Piauí (PI), onde o Movimento Solidário iniciou seu trabalho em 2005 e cumpriu a meta de dobrar o IDH, após nove anos de atuação.

A diretora de Impacto Social da Fenae, Francisca de Assis Araújo Silva, defende a possibilidade de as próprias comunidades decidirem o que mais precisam. “Os projetos do Movimento Solidário, combinadas com as doações do pessoal da Caixa, ajudam respeitando o que as famílias demandam”, pondera.

Para Giselle Menezes, presidente da Apcef/MA, é de encher de esperança e felicidade constatar quanta transformação pudemos proporcionar e ver como as comunidades abraçam os projetos. E completa: “O contato e o trabalho de base o Movimento Solidário sabe fazer muito bem. Essa solidariedade, que é aproximar mesmo, não é simplesmente o dar, mas fazer parte de um grupo que oferece um apoio e que, a partir daí, busca estabelecer uma relação com a sociedade como um todo”. Isso, de acordo com a dirigente, leva a que as comunidades contempladas alcancem a autonomia, gerenciem seus projetos e colham os frutos do trabalho coletivo.

Movimento_Solidario_comunidades2.jpgEm Belágua, a escolha das comunidades de Centro Velho, Estiva da Josefa e Mirinzal levou em conta os critérios usados para definir as comunidades anteriores, a exemplo de segurança alimentar, número de crianças desnutridas e condições gerais de saúde e carência. Esse município maranhense encontra-se entre os 30 com menores IDH do Brasil.

Ao todo, até agora, 30 comunidades da região estão sendo atendidas pelo Movimento Solidário. Em cinco anos, os projetos implantados são 17 tanques de criação de peixes, 10 hortas comunitárias, 10 poços artesianos, 2 projetos de suinocultura, 1 projeto de abelhas sem ferrão, 1 casa de farinha, 1 galpão de galinha caipira, 1 galpão de codorna, 1 telecentro e 1 projeto de saneamento. Aliadas a essas ações, os moradores das comunidades também estão sendo capacitados em associativismo e em iniciativas para trabalhar com os projetos de geração de renda.    

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