Por Fábio Jammal Makhoul – CNB/CUT

Bancários de norte a sul do Brasil preparam uma série de protestos e paralisações, em 4 de setembro, para marcar o seu Dia Nacional de Luta e o Grito dos Excluídos.
As manifestações foram marcadas depois que os banqueiros ofereceram 1% a mais de reajuste em cima dos 9% que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) havia proposto em negociação com a Executiva Nacional dos Bancários. “10% de reajuste é muito pouco e não repõe nem a inflação do último período, registrada em 18%” – explicou Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT).

Última rodada

Na última negociação com os banqueiros, em 25 de agosto, os patrões contrariaram a determinação dos bancários de não trabalhar com o abono e ofereceram correção de 10% sobre o valor pago no ano passado: de R$ 1.200 para R$ 1.320. “A política de abono é altamente prejudicial à categoria, pois causa o achatamento e perda do poder de compra. O abono, na verdade, fica com o banco. Só serve para o bancário pagar as suas dívidas. O que precisamos é de aumento real de salário” – ressaltou Vagner.

Dia Nacional de Luta

Diante da ganância dos banqueiros, que têm registrado lucratividade recorde em cima de recorde, a Executiva Nacional determinou 4 de setembro como sendo o Dia Nacional de Luta para que a categoria mostre o quanto está mobilizada para a campanha salarial deste ano. “Nós orientamos que os sindicatos trabalhassem com a base durante esta semana para realizar uma série de protestos e paralisações. Só assim conseguiremos quebrar a intransigência dos banqueiros” – finalizou o sindicalista.

Nova rodada de negociações

Além da mobilização em 4 de setembro, na sexta-feira, dia 5, os bancários vão repercutir as atividades nas agências para voltar a negociar com os banqueiros em 8 de setembro, segunda-feira.

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