Em 18 de agosto, quarta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançará, nacionalmente, a campanha Menos metas, mais saúde, com o objetivo de conscientizar e mobilizar os bancários para lutar pelo fim das metas abusivas.
De acordo com a Contraf-CUT, estatísticas oficiais demonstram que os bancários estão cada vez mais doentes, com problemas de saúde mental relacionados ao trabalho.
Entre as principais causas desse adoecimento, o destaque fica para a cobrança de metas abusivas de produtividade, o que propicia assédio moral e outras formas de violência.
As estatísticas evidenciam que as doen- ças mentais têm rivalizado com as de origem musculoesquelética – as Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort) – como uma das principais causas de afastamento dos bancários.

Saúde, um dos itens da pauta da Campanha Nacional
A saúde também será um dos eixos das negociações com os banqueiros neste ano, conforme deliberação dos trabalhadores presentes à 12ª Conferência Nacional dos Bancários, que aconteceu em julho, no Rio de Janeiro.
Entre as reivindicações aprovadas referentes ao item estão: fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, proteção contra os riscos de acidente de trabalho ou doença ocupacional, prevenção de adoecimento e promoção da saúde da mulher.

Situação na Caixa
Na Campanha Nacional deste ano, os empregados da Caixa terão de se mobilizar para conquistar, além dos itens da pauta geral da categoria bancária, também, os direitos específicos dos trabalhadores da empresa.
O Saúde Caixa, por exemplo, estará em debate na mesa de negociação específica, pois há necessidade urgente de solução de diversos problemas do plano de saúde, principalmente os que dizem respeito ao credenciamento de profissionais no País.
Não são poucas as dificuldades enfrentadas pelos empregados do banco quando o assunto é a utilização do Saúde Caixa. Há carência de médicos e de serviços, sem contar o alto índice de descredenciamento de profissionais da rede.
Mesmo depois da criação de comitês de acompanhamento do Saúde Caixa no âmbito de cada Gipes – fruto da luta dos empregados -, que têm, por objetivo, discutir soluções para os problemas de credenciamento nos Estados, há muito o que ser feito para saná-los por completo.
A APCEF/SP, que está representada nos comitês de São Paulo por membros de sua diretoria e do Conselho Deliberativo, tem contribuído nesse sentido, participando das reuniões e sugerindo mudanças que visem a um bom atendimento.
Além do Saúde Caixa, outros itens relacionados à saúde compõem a pauta específica dos empregados do banco:
– criação de unidades específicas para a saúde do trabalhador e o Saúde Caixa, em todos os Estados, eliminando-se a terceirização de atividades;
– realização de pesquisa para mapeamento do perfil do bancário da Caixa e para avaliar a relação metas x saúde mental, com disponibilidade dos resultados às entidades representativas dos empregados, com a garantia da participação da representação dos empregados na sua elaboração e acompanhamento;
– criação de programa, custeado pela Caixa, de saúde mental, apoio e tratamento ao dependente químico e ao tabagista, com a garantia de participação da representação dos empregados na sua elaboração e no acompanhamento.
“O empregado sofre, todos os dias, com a pressão por metas, a falta de trabalhadores, o assédio moral praticado por alguns gestores, a falta de uma política que, realmente, respeite o empregado. Tudo isso reflete na saúde do bancário da Caixa”, comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “Para que esse quadro seja revertido, será preciso mobilização e participação efetiva dos empregados na Campanha Nacional e nas ações propostas pelas entidades representativas dos trabalhadores”, completou.

> Entre em contato com a APCEF/SP e agende uma reunião em sua unidade para debatermos, juntos, os itens da Campanha Nacional e da campanha específica da Caixa. Ligue (11) 3017-8315 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.

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