Em 17 de setembro, cerca de 4 mil bancários da capital participaram de passeata que saiu da Avenida Paulista e seguiu até o centro de São Paulo.
Ao término da passeata, os bancários concentraram-se em frente à Câmara Legislativa da cidade onde realizaram assembléia para deliberação sobre os rumos do movimento.
Por unanimidade, os bancários aprovaram a continuidade da greve e marcaram nova assembléia para 20 de setembro, segunda-feira, às 15 horas, na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – Rua Tabatingüera, 192, capital.
Assembléia realizada na tarde desta segunda-feira, dia 20, na Quadra dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na capital, com a presença de mais de 2.400 trabalhadores, decidiu pela manutenção da greve por tempo indeterminado.
Nesta terça-feira, a greve chega ao sétimo dia. Nova assembléia está marcada na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rua Tabatingüera, 192, centro da capital, a partir das 15 horas, para decidir se o movimento continua.
Nas demais bases, consulte seu Sindicato.
O Ministério Público do Trabalho de São Paulo solicitou, em 20 de setembro, que a Justiça do Trabalho julgue a greve dos bancários e que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo conceda liminar para garantir que 70% dos serviços prestados à população sejam mantidos.
A posição da APCEF/SP é de que não deve haver intervenção da Justiça em processos de negociações.
Experiências anteriores de ajuizamento de dissídio, inclusive na Caixa Econômica Federal, não garantiram reajuste salarial. “Não existe nenhuma legislação que determina aumento salarial nem reposição da inflação. Por isso, apostamos na negociação entre banqueiros e bancários. O Tribunal não é saída para o impasse” – comentou a
diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
Em matéria da Folha On Line, de 21 de setembro, a procuradora regional do Trabalho, Oksana Boldo, afirmou: “Esse é um serviço essencial que tem de ser mantido à população. Pedi que seja instaurado dissídio coletivo e que o TRT avalie o caso e marque uma audiência de conciliação entre as duas partes. Se não houver acordo nessa audiência, o TRT pode julgar a greve”.
Os banqueiros estão divulgando na Imprensa que a greve não afeta a população que precisa realizar serviços bancários. “Por que, então, conceder liminar para garantir que 70% dos serviços prestados à população sejam mantidos? A própria Caixa afirma que apenas 4% de suas agências estão fechadas!” – questionou a diretora-presidente da APCEF/SP.
É bom lembrar que a greve é um instrumento legítimo de luta. E o ajuizamento do dissídio pode ser mais uma forma de pressionar os trabalhadores na tentativa de suspensão ou esvaziamento do movimento grevista.
Dessa forma, desde que tomaram conhecimento da medida do Ministério Público, as entidades entraram em contato com o TRT/SP para que não seja julgada a greve e que não haja a realização da audiência de conciliação, inclusive por já ter sido agendada negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a tarde de terça-feira, 21 de setembro.
“A APCEF/SP conclama todos os empregados, apesar das pressões, a manter a greve. Só com um movimento forte conquistaremos uma proposta digna!” – finalizou a
diretora-presidente da APCEF/SP.
Bancários devem reunir-se novamente hoje, quarta-feira, às 16 horas, para avaliar o movimento.
Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a assembléia acontece na Quadra do Sindicato dos Bancários, Rua Tabatingüera, 192, centro de São Paulo, às 16 horas.
Nas demais bases, consulte o Sindicato.
A maioria das assembléias realizadas em 14 de setembro rejeitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e também as propostas complementares apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa.
A proposta apresentada pela Fenaban previa um reajuste de 8,5% para todos os salários + R$ 30 para os salários até R$ 1.500; auxílio-refeição de R$ 12,66; auxílio cesta-alimentação de R$ 217 + 13ª cesta-alimentação; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% no salário mais R$ 705 fixos, com pagamento de 60% do montante 10 dias após a assinatura do acordo e 40% na segunda parcela prevista para março. A primeira parcela seria de, no mínimo, R$ 900. O teto de pagamento da PLR, de R$ 5.009,45.
Embora reconhecendo os avanços da proposta – aumento acima da inflação, 13º na cesta -, entendemos que ela é insuficiente para o conjunto da categoria.
O índice oferecido para a maioria dos bancários corresponde a um terço do índice reivindicado, de 25%.
Além disso, as propostas complementares oferecidas pela Caixa estão aquém do reivindicado. Todos temos consciência dos problemas vivenciados pelos bancários da Caixa ao longo da era FHC. Por isso, logo após a posse da nova diretoria, as entidades representativas, encabeçadas pela APCEF/SP, entregaram um documento – que ficou conhecido pela campanha Por uma Caixa Decente – para a empresa que listava vários itens que precisavam de solução. E, infelizmente, ainda precisam:
– reintegração dos demitidos pela ilegal RH 008: pela proposta da Caixa, a reivindicação dos empregados não foi atendida plenamente, pois a empresa compromete-se a reintegrar apenas aqueles que estão com alguma garantia legal.
– Funcef: a proposta de novo plano de benefícios foi entregue em novembro de 2003 e a única coisa que a Caixa afirma quanto a este item é que existe o compromisso com a aprovação.
– Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos em Comissão (PCS/PCC): este ponto não aparece na proposta da Caixa, mas é um dos que mais aflige o trabalhador, tendo em vista as distorções que os planos atuais apresentam. A situação é tão grave que os empregados que possuem CTVA, com toda “ameaça de reajuste salarial”, ficam preocupados com a forma que isso se dará. Sem falar da jornada de oito horas imposta aos detentores de funções técnicas como analistas, tesoureiros, avaliadores de penhor.
A estratégia de Campanha Salarial Unificada é um grande acerto, pois, a partir das assembléias de 14 de setembro, demonstra a força que a categoria tem quando unida. Precisamos aproveitar esse momento para garantirmos conquistas.
Por isso é importante que todos estejam engajados, participando das assembléias e do processo de mobilização.
Mais de 2.500 bancários participaram, na capital, de assembléia em 15 de setembro e decidiram pela continuidade da greve.
Nova assembléia foi marcada para 16 de setembro, quinta-feira, às 15 horas, na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rua Tabatingüera, 192, centro de São Paulo.
Nas demais bases, consulte o Sindicato e informe-se sobre horário e local.
A APCEF/SP recebeu, na manhã desta quinta-feira, diversas denúncias de que a diretoria da Caixa teria feito uma audioconferência com os superintendentes na qual fez ameaças em relação ao movimento grevista. E pediu que as informações fossem repassadas a todos os empregados.
Ameaçou com retaliações todos os bancários que participarem do movimento. Pediu que os empregados não participem das assembléias.
E, ainda, a diretoria da Caixa orientou as gerências a chamar a polícia em caso de insistência de manutenção da greve.
A APCEF/SP repudia a forma truculenta pela qual a diretoria do banco está tentando impor a volta ao trabalho.
A APCEF/SP conclama todos os empregados, com ou sem função, a aderir à greve. Só com um movimento forte os bancários conquistarão uma proposta digna.
Observamos que você fez uma reserva on-line conosco recentemente e temos algumas perguntas rápidas para continuarmos melhorando. Responder esse breve questionário leva, em média, menos de um minuto.