A maioria das assembléias realizadas em 14 de setembro rejeitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e também as propostas complementares apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa.
A proposta apresentada pela Fenaban previa um reajuste de 8,5% para todos os salários + R$ 30 para os salários até R$ 1.500; auxílio-refeição de R$ 12,66; auxílio cesta-alimentação de R$ 217 + 13ª cesta-alimentação; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% no salário mais R$ 705 fixos, com pagamento de 60% do montante 10 dias após a assinatura do acordo e 40% na segunda parcela prevista para março. A primeira parcela seria de, no mínimo, R$ 900. O teto de pagamento da PLR, de R$ 5.009,45.
Embora reconhecendo os avanços da proposta – aumento acima da inflação, 13º na cesta -, entendemos que ela é insuficiente para o conjunto da categoria.
O índice oferecido para a maioria dos bancários corresponde a um terço do índice reivindicado, de 25%.
Além disso, as propostas complementares oferecidas pela Caixa estão aquém do reivindicado. Todos temos consciência dos problemas vivenciados pelos bancários da Caixa ao longo da era FHC. Por isso, logo após a posse da nova diretoria, as entidades representativas, encabeçadas pela APCEF/SP, entregaram um documento – que ficou conhecido pela campanha Por uma Caixa Decente – para a empresa que listava vários itens que precisavam de solução. E, infelizmente, ainda precisam:
– reintegração dos demitidos pela ilegal RH 008: pela proposta da Caixa, a reivindicação dos empregados não foi atendida plenamente, pois a empresa compromete-se a reintegrar apenas aqueles que estão com alguma garantia legal.
– Funcef: a proposta de novo plano de benefícios foi entregue em novembro de 2003 e a única coisa que a Caixa afirma quanto a este item é que existe o compromisso com a aprovação.
– Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos em Comissão (PCS/PCC): este ponto não aparece na proposta da Caixa, mas é um dos que mais aflige o trabalhador, tendo em vista as distorções que os planos atuais apresentam. A situação é tão grave que os empregados que possuem CTVA, com toda “ameaça de reajuste salarial”, ficam preocupados com a forma que isso se dará. Sem falar da jornada de oito horas imposta aos detentores de funções técnicas como analistas, tesoureiros, avaliadores de penhor.
A estratégia de Campanha Salarial Unificada é um grande acerto, pois, a partir das assembléias de 14 de setembro, demonstra a força que a categoria tem quando unida. Precisamos aproveitar esse momento para garantirmos conquistas.
Por isso é importante que todos estejam engajados, participando das assembléias e do processo de mobilização.

Diretoria Executiva da APCEF/SP

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