Da Agência Fenae

A data é histórica para todos os empregados da Caixa Econômica Federal. Neste sábado, dia 30 de outubro, a luta pela jornada de seis horas e pelo direito à sindicalização completa 19 anos.
Isto porque, em 30 de outubro de 1985, os trabalhadores da empresa paralisaram suas atividades por 24 horas em todo o País. Na época, a adesão chegou a 100%.
A greve resultou na aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei 4.111-4 do então deputado Léo Simões, que estabelecia a jornada de seis horas para os empregados da Caixa. Essa lei foi sancionada pelo então presidente José Sarney em 17 de dezembro de 1985. No dia seguinte à sanção presidencial, o “Diário Oficial da União” trazia ainda a garantia do direito à sindicalização a todos os empregados da Caixa, viabilizada com a alteração do parágrafo único do artigo 556 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
A greve de 30 de outubro de 1985 teve por base a mobilização dos auxiliares de escritórios, que lutavam para ser enquadrados como escriturários na carreira técnico-administrativa. A carreira de auxiliar de escritório foi criada pelo então presidente da Caixa, Gil Macieira, com vistas a reduzir salários. Os auxiliares de escritórios possuíam as mesmas funções dos escriturários, mas seu piso correspondia à metade do salário de ingresso previsto no Plano de Cargos e Salários (PCS).
À luta dos auxiliares de escritórios vieram se somar os escriturários, exigindo o reconhecimento da condição de bancário e o direito à sindicalização bem como o direito à jornada de trabalho da categoria, que é de seis horas.

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