O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, foi oficiado pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) nesta semana a respeito da demissão em massa de telefonistas terceirizadas que prestam serviço há anos à instituição.

O documento, assinado pela presidenta do Conselho, Charlene Borges, solicita explicações sobre as dispensas, levanta preocupações sobre possíveis violações de direitos fundamentais e cobra medidas imediatas para suspender os desligamentos.

:: Clique aqui para ler o ofício do Conselho Nacional dos Direitos Humanos.

Segundo o ofício, o CNDH recebeu denúncias de trabalhadores que atuam há até 25 anos para a Caixa, algumas delas já desligadas sem aviso prévio desde 24 de abril. O Conselho cita que mais de 5 mil pessoas podem ser afetadas em todo o país, com casos já registrados em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Distrito Federal.

A entidade destaca que a medida contraria compromissos assumidos pela própria Caixa em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial os que tratam de trabalho decente, erradicação da pobreza e redução das desigualdades. O CNDH solicita a suspensão imediata das demissões, abertura de diálogo com sindicatos e adoção de medidas de mitigação, como programas de realocação e capacitação.

Desde que tomou conhecimento da decisão da diretoria do banco, a Apcef/SP demonstrou profunda preocupação com os efeitos da medida para os trabalhadores, o funcionamento das unidades e os clientes, e procurou a direção da Caixa para tratar do assunto e buscar medidas alternativas.

Com a informação de que a decisão estava consolidada, denunciou publicamente a intransigência da gestão de Carlos Vieira em discutir alternativas para as trabalhadoras, além de criticar a insensibilidade da decisão às vésperas do Dia do Trabalhador (leia aqui).

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