Segundo divulgado pela Coluna do Estadão, o Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal deve votar nesta quinta-feira (13) alteração do Estatuto para permitir que diretorias da área de controle (Jurídica, Auditoria e Corregedoria) sejam ocupadas por servidores efetivos federais de setores afins. Há quase 30 anos, esses cargos podem ser preenchidos apenas por empregados concursados do banco.

A proposta que acaba com a exclusividade dos empregados assumirem diretorias da Caixa já havia sido feita por ocasião do debate do novo Estatuto, em outubro de 2017, mas foi retirada do texto devido à grande resistência de entidades e bancários. Em maio deste ano, a imprensa ventilou o retorno da proposta, o que foi alvo de ações populares que conselheiros respondem até hoje. Já em agosto, o Conselho de Administração anunciou que os próximos vice-presidentes serão escolhidos em processo seletivo externo, conduzido por consultoria privada.

Essas medidas, a pretexto de reforçar a eficiência e fazer uma melhor gestão, miram na privatização como objetivo final, destroem a carreira dos trabalhadores e abrem espaço para indicações político-partidárias. Melhorias na governança são bem-vindas. Isso, porém, não pode ser feito à custa do enfraquecimento da empresa e da desvalorização dos empregados. 

 

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