Depois do anúncio da vice-presidente Girlana Peixoto de que cada vice-presidência seria responsável pela gestão do Projeto de Trabalho Remoto, as chefias receberam ordens não escritas de seus superiores hierárquicos determinando a volta ao trabalho presencial dos empregados das áreas-meio.

A Apcef/SP alerta para os riscos que esta determinação pode trazer à saúde dos empregados. As tarefas dos departamentos estão sendo cumpridas de forma satisfatória, como reconhecido pelo próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Importante lembrar que o número de pessoas contaminadas e de mortes atualmente é muito maior do que quando foi determinado o sistema de home office nas áreas-meio da Caixa. O Estado de São Paulo contabiliza nesta segunda-feira (27/7) 483.982 casos confirmados de Covid-19, com 21.606 mortes. O distanciamento social é comprovadamente a melhor forma de evitar a proliferação do vírus.

A Apcef/SP cobrou das vice-presidências, por ofício, a manutenção do trabalho remoto para todos os empregados e questionou quais seriam as justificativas para o retorno ao trabalho presencial, bem como as diretrizes das VPs. A resposta das vice-presidências é uma afronta ao princípio da transparência, que deveria nortear a administração da Caixa: não informaram suas justificativas e tampouco as diretrizes, limitando-se a dizer que a definição é a cargo de cada VP. Ao não formalizar, a área de Pessoas – administrada por Girlana Peixoto – e os demais VPs reconhecem as responsabilidades civis e penais que podem recair sobre eles e tentam transferi-las, em um efeito cascata, aos gestores das áreas vinculadas. Não adianta: todos podem ser responsabilizados, inclusive pela sua omissão.

:: Clique aqui para ler ofício encaminhado nesta segunda-feira (27).

Abaixo-assinado – Como forma de mostrar a insatisfação com as decisões de Pedro Guimarães, Girlana Peixoto e demais, a Apcef/SP organizou um abaixo-assinado exigindo a proteção dos empregados das áreas-meio, com a manutenção do home office, e cobrando que, caso a presidência e as vice-presidências da Caixa decidam manter o retorno ao trabalho presencial, que sejam adotadas, sem prejuízo de outras, medidas para a preservação da segurança de saúde dos trabalhadores, como a flexibilização de local e horário de trabalho, o fornecimento de equipamentos de segurança, como Face Shields, máscaras, álcool em gel, rodízio entre os empregados e testagem de todos os trabalhadores da área, a fim de mitigar os riscos de contaminação.

:: Clique aqui para subscrever abaixo-assinado exigindo medidas para cuidar da saúde dos empregados das áreas-meio.

A Apcef/SP ressalta ainda que, após julgamento do Superior Tribunal Federal (STF), a Covid-19 passou a ser considerada doença do trabalho. Os administradores da empresa podem ser responsabilizados caso empregados ou familiares sofram com os efeitos da Covid-19, conforme prevê a Lei 2.848/40.

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