Sem negociação com as entidades que representam os trabalhadores, a vice-presidência Agente Operador (Vimar) informou, em reunião virtual, que todos os empregados com função a partir de sênior devem retornar ao trabalho presencial nesta quinta-feira (18).

A justificativa da direção da Caixa foi que, se 30% dos trabalhadores das agências estão nas unidades, nas áreas-meio também deve ser assim.

É importante ressaltar que as agências e estas áreas-meio desenvolvem atividades completamente distintas. As agências possuem atendimento ao público e o percentual de 30% dos empregados no trabalho presencial, neste caso, foi estabelecido para que os chamados serviços essenciais sejam mantidos. As áreas-meio não possuem esta atribuição e quase que a totalidade de suas atividades não têm qualquer necessidade da ida dos empregados ao local de trabalho.

Não houve qualquer informação sobre testagem dos empregados que dividirão o mesmo ambiente ou fornecimento de equipamentos de proteção, como máscaras ou álcool em gel. O prédio em que ficam as áreas possui nove andares e poucos elevadores. Caso haja restrição no uso dos elevadores, como os condomínios têm adotado para minimizar a exposição, o tempo de espera por eles pode ser enorme.

Importante lembrar que São Paulo é o Estado com maior número de casos de coronavírus em todo o país. Nesta terça-feira (16), o Estado registrou novos recordes de casos e mortes por coronavírus confirmados em 24 horas. Foram 8.825 casos e 365 mortes pela doença contabilizados neste período, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. O total no Estado desde o início da pandemia é de 190.285 casos e 11.132 mortes.

Nova postura – Nas últimas semanas, a Caixa tem mudado a postura e afrouxado as medidas de segurança antes tomadas para evitar o contágio de seus empregados por coronavírus. Além de anunciar o retorno ao trabalho de empregados em home office de diversas áreas-meio, também determinou o não afastamento de terceirizados em agências com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 e retomou a cobrança abusiva de metas.

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O resultado desta nova política é o crescimento do número de casos de empregados contaminados. Apesar de não divulgar números oficiais, as entidades que representam os bancários têm recebida diversos relatos de trabalhadores com suspeita ou confirmação de coronavírus.

Ofício – A APCEF/SP encaminhou ofício (clique aqui para ler o documento) à Vimar nesta quinta-feira (18) cobrando a manutenção dos empregados no Projeto Trabalho Remoto.

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