A campanha nacional 2018 dos bancários, deflagrada com a entrega da pauta de reivindicações em 13 de junho, já resultou em quatro rodadas de negociação com os representantes dos banqueiros, sem, contudo, estabelecer garantias para a categoria. Uma questão prioritária desse ano, o primeiro após a reforma trabalhista que retira direitos, é a da ultratividade, que garantia a validade de um acordo coletivo até a assinatura de outro e que caiu com a nova lei.

No caso específico da Caixa já foram realizadas três mesas de negociação, a mais recente na última quinta, 26, com foco nos temas Saúde Caixa e Funcef. Os representantes do banco, porém, não apresentaram respostas nem garantiram os direitos dos empregados. Assim, é fundamental manter e intensificar as ações em defesa da Funcef e Saúde Caixa, que já vêm ocorrendo pelo País.

“É muito importante que os bancários acompanhem atentamente os desdobramentos da campanha. Precisamos estar organizados na defesa de nossos direitos e, também, pela manutenção de uma Caixa pública e forte”, aponta a representante dos empregados do banco no CA, Rita Serrano, que também coordena o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

Confira, abaixo, as negociações e temas já abordados até o momento.

Nacional

28 de junho – Primeira rodada de negociação coma Fenaban, que não levou para a mesa nenhuma resposta sobre o pré-acordo para garantir a validade da CCT depois de 31 de agosto, proposta apresentada pelo Comando Nacional dos Bancários. A entrega da pauta ocorreu em 13 de junho.
12 de julho – Segunda rodada de negociação da Campanha 2018. Foi definido calendário das mesas seguintes.
19 de julho – Discussão de Saúde e condições de trabalho.
25 de julho – Emprego em pauta
1º de agosto – Cláusulas econômicas

Na Caixa

13 de julho – Na primeira rodada, o banco sinalizou disposição para negociar a renovação do acordo específico. Representantes dos empregados protestaram contra a decisão de remeter o crivo final do acordo coletivo ao Conselho de Administração da Caixa, colegiado formado por agentes egressos do mercado financeiro.
20 de julho – Segunda rodada de negociações deu continuidade ao tema saúde e condições de trabalho e abordou reivindicações dos empregados relacionadas aos temas “nenhum direito a menos” e Caixa 100% pública.
26 de julho – Na terceira rodada de negociação, que tratou sobre Saúde Caixa e Funcef, representantes do banco não apresentaram respostas e não garantiram os direitos dos empregados
2 de agosto – Os temas abordados serão o fim do descomissionamento para empregadas gestantes, a apresentação de dados concretos para debater e avançar nos itens em defesa do Saúde Caixa e a garantia contra a desregulamentação da lei trabalhista, com base no princípio de nenhum direito a menos.

 

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