Com o apoio de entidades como a Fenae e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas lança, ainda neste mês de abril, em Brasília (DF), o livro “Se é público, é para todos”. A data indicativa prevista para esse lançamento é 25 de abril, devendo ocorrer durante evento no Congresso Nacional, juntamente com a realização de uma plenária com representantes das diversas frentes criadas em defesa das empresas públicas, para definir ações conjuntas da sociedade civil no âmbito do Poder Legislativo.
Esse livro é uma coletânea de textos em defesa do patrimônio público do país, reforçando a luta contra as privatizações almejadas pelo ilegítimo governo Michel Temer e pela melhoria dos serviços públicos. Traz reflexão abrangente, objetiva e didática acerca da importância dos bancos públicos e de outras empresas estatais para o fomento ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Sob a responsabilidade do professor Emir Sader, que organizou o livro, autores como o próprio sociólogo e cientista político, Maria Rita Serrano (representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e dirigente da Fenae), Fernando Nogueira da Costa (economista e ex-vice-presidente da Caixa entre 2003 e 2007) e João Marques (representante da FUP) assinam artigos em que abordam o legado positivo deixado pelas empresas públicas no decorrer das décadas, sempre com o foco naquilo que todos os brasileiros querem e reivindicam.
Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, “há espaço para que as empresas públicas, a exemplo da Caixa Econômica Federal 100% pública, ampliem ainda mais a sua participação como instrumento eficiente e eficaz em termos de compatibilização de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento urbano e às reais necessidades da população”.
Ele considera que a atuação comercial dessas estatais deve ser sustentada por seu caráter social, “de modo a que seja utilizada toda a capilaridade das empresas públicas em benefício do bem comum”. Assim, segundo o presidente da Fenae, “a Caixa e outras empresas públicas irão ajudar a diminuir as diferenças sociais e a construir um país efetivamente de todos”.
Rita Serrano esclarece ainda que o livro “Se é público, é para todos” dá início a uma série de ações do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas para o ano de 2018, entre as quais a que prevê “a construção de plataforma de propostas de governo que valorize o patrimônio público e o desenvolvimento do país, a ser entregue aos candidatos que vão concorrer nas eleições de outubro”.
Segundo ela, a publicação visa também ampliar a discussão sobre a importância do patrimônio dos brasileiros, assim como as ações para impedir a desvalorização ou mesmo a privatização das empresas públicas. E complementa: “Neste momento, em que muitos direitos trabalhistas são atacados, é fundamental garantir a liberdade de organização dos trabalhadores e fortalecer a luta em defesa do povo brasileiro”.