Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal realizam, nesta terça-feira (17), o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. A mobilização inclui uma live às 19h, transmitida pelo canal da Contraf-CUT no YouTube, com a participação de representantes das entidades e especialistas, para debater os impactos das propostas da direção do banco sobre o plano de saúde dos trabalhadores.
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Durante o expediente de hoje, estão sendo realizadas atividades nas agências e departamentos administrativos da Caixa em todo o país. A ideia é dialogar com a categoria, distribuir materiais informativos e promover a leitura da Carta Aberta à direção do banco, elaborada pelas entidades representativas.
No documento, os empregados reforçam a importância de garantir reajuste zero nas mensalidades e reivindicam melhorias urgentes no plano, como a ampliação e qualificação da rede credenciada e a descentralização do atendimento, que hoje sofre com morosidade em processos como reembolsos e pagamentos a prestadores de serviços.
A carta denuncia que o modelo atual tem transferido progressivamente os custos do plano aos trabalhadores, sob o argumento de que o banco está limitado ao teto de 6,5% da folha, conforme o Estatuto da Caixa. No entanto, como explica Felipe Pacheco, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), esse limite é uma decisão da própria empresa.
“A Caixa justifica essa transferência dizendo que há um teto, mas esse limite é imposto por ela mesma. A CGPAR 52 autoriza que o banco arque com até 70% dos custos, exatamente o que está previsto no ACT do Saúde Caixa”, explica Felipe.
Segundo ele, o único objetivo do banco tem sido restringir sua responsabilidade com o custeio do plano, enquanto os trabalhadores enfrentam aumentos e perda de qualidade no atendimento.
“Reivindicamos reajuste zero e também melhorias estruturais no Saúde Caixa. Nossa saúde não pode ser negligenciada”, reforça.