Contraf-CUT cobra da Fenaban o cumprimento do prazo para responder às denúncias

A Contraf-CUT e a Fenaban reuniram-se no dia 6 de março para debater a política agressiva de cobrança de metas abusivas dos bancos e avaliar o instrumento de combate ao assédio moral, uma conquista da Campanha Salarial de 2010 prevista na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Atualmente, o assédio moral é considerado a causa principal de adoecimento da categoria bancária e a raiz do problema está na pressão pelo cumprimento de metas abusivas.

Os bancos afirmam que as metas são desafiadoras, porém, a única coisa que elas desafiam é  a saúde do trabalhador. A prática do assédio para o cumprimento de metas abusivas leva ao adoecimento, porém há a dificuldade do empregado em comprovar que a causa da doença está relacionada ao próprio trabalho.

Segundo o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, todo o sistema está errado. “O que causa o adoecimento é o formato de gestão dos bancos, que precisa mudar. É preciso priorizar mais as pessoas e menos o lucro”, afirmou.

Depois de muita negociação, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários os dados estatísticos setoriais sobre as denúncias de assédio moral para que seja realizada uma avaliação sejam traçadas estratégias para combater o problema.
Uma das cobranças recorrentes por parte dos trabalhadores é mais agilidade no retorno das denúncias enviadas pelo canal de comunicação destinado para este fim. Por ele, o trabalhador pode informar problemas nos locais de trabalho e ter sua identidade preservada.

A rapidez da renovação do instrumento também está sendo cobrada pela Contraf-CUT e, segundo a Fenaban, deverá ser assinada o mais breve possível. Atualmente, todos os grandes bancos aderiram ao instrumento, embora a adesão seja voluntária.

Mais do que aderir ao instrumento, os bancos precisam cumprir o prazo de 45 dias para responder aos casos de assédio (anteriormente era 60 dias) após a apuração das denúncias pelos Sindicatos e, principalmente, adotar políticas menos opressoras que visem a saúde física e psicológica dos trabalhadores.

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