Nos últimos dias, os empregados receberam a informação de uma nova medida unilateral tomada pela gestão de Carlos Vieira, que é a limitação do modelo de trabalho de home office. A mudança, feita sem negociação com os representantes dos empregados, afeta milhares de trabalhadores e aparentemente foi tomada sem qualquer planejamento, já que, conforme levantamento que está sendo realizado pela Apcef/SP e pelo Sindicato dos Bancários de SP, não há espaço físico suficiente para implementar as mudanças decididas por Carlos Vieira – a não ser que o compartilhamento de baias, que Pedro Guimarães planejava implementar, também seja reciclado por Carlos Vieira. O compartilhamento de baias por empregados, com a adoção de turnos de trabalho para viabilizá-lo, é um dos pontos que Carlos Vieira planeja impor.

Em meio ao anúncio, os empregados sofreram um novo golpe: a suspensão do VPN pela empresa. De acordo com a empresa, não há previsão para o restabelecimento do VPN, que teria sido suspenso por necessidades operacionais do banco. Ato contínuo, muitos empregados lotados em unidades que atuam em home office começaram a procurar as entidades para relatar que haviam sido dispensados em função da suspensão, e que as horas não trabalhadas seriam compensadas. A compensação de horas extras sem ser previamente combinada e sem ter a antecedência mínima de cinco dias prevista pelo ACT é absolutamente irregular.

“A direção da Caixa não pode penalizar os empregados por sua incapacidade ou por fatores supervenientes, e lançar a compensação de horas nesta situação é absolutamente irregular, pois vai contra a previsão do ACT de combinar previamente, com pelo menos cinco dias de antecedência, os prazos para compensação de horas. Se a chefia dispensou o empregado no dia da instabilidade ou nos dias posteriores, o lançamento correto para o ponto é o abono das horas. Caso contrário, procure-nos”, alerta o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. O contato pode ser feito pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br.

Negociação sobre o home office
A representação dos empregados na mesa de negociação permanente (CEE/Caixa) cobrou da direção da Caixa uma negociação para debater o formato do home office e buscar mitigar os impactos causados pelas decisões da gestão de Carlos Vieira. Até esta publicação, ainda não havia retorno por parte da direção do banco.

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