Não bastasse a grande quantidade de trabalho nas RETPVs – que nem sempre possuem um quadro de empregados suficiente para a demanda do setor -, mais um problema tem sobrecarregado o dia-a-dia das retaguardas: a deficiência do sistema Multicanal, implantado nas máquinas de autoatendimento.
Não são poucas as reclamações dos empregados, já que o sistema é muito instável e, muitas vezes, não registra as transações, provocando diferenças contábeis. Um trabalhador relatou que, em alguns casos, tem sido aberta falta de caixa na matrícula do TOR.
Outros relatos dão conta de que o tesoureiro tem levado mais de um empregado como testemunha, na hora do abastecimento das máquinas, para comprovar que a diferença apontada pelo sistema não corresponde à falha do trabalhador.
"Os transtornos têm sido muitos desde que o sistema foi instalado, entre eles, a necessidade de auditoria diária, com contagem do numerário" – explicou um empregado.
Para os clientes, a situação desconfortável também tem sido constante, já que as máquinas travam na hora de recolher depósitos, bloqueiam os benefícios, as contas e os pagamentos sociais, forçando o usuário a retornar no dia seguinte.
De acordo com informações obtidas pela APCEF/SP, a Giret abriu, pela intranet, um fórum de discussões sobre os problemas no sistema Multicanal. Em alguns locais, a Sisut chegou a retardar a implantação nas máquinas. "Um dos ‘erros’ da Caixa é implantar pilotos em agências ou cidades com pouquíssimo movimento, onde a demanda e o volume de trabalho são, comparativamente, muito menores" – comentou um outro empregado.
"Já estivemos reunidos com representantes da Giret para tratar, entre outros assuntos, da implantação do sistema Multicanal. A resposta recebida foi de que o sistema estaria passando por ajustes" – comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. "Enviaremos ofício para a direção da empresa cobrando providências e para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa)" – completou.

Compartilhe: